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A verdadeira história do cabo Wesley Soares Góes (veja o vídeo)

Em entrevista exclusiva à , o médico e ex-vereador Cezar Leite e o advogado Bernardo Guimarães revelaram, direto da Bahia, detalhes do caso, derrubando por terra a versão que o cabo Wesley teve um surto psicótico.

04/04/2021 às 10h52
Por: Carlos Nascimento Fonte: jornaldacidadeonline.com.br
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A verdadeira história do cabo Wesley Soares Góes (veja o vídeo)

A história do cabo Wesley Soares Góes, que se recusou a cumprir ordens do governador da Bahia, Rui Costa, contra trabalhadores, e acabou sendo alvejado pelos colegas de farda, comoveu o Brasil.

O cabo Wesley já tinha sido advertido três vezes por não querer cumprir a ordem dada de abordar trabalhadores, ele cansou disso daí. E você vê pelas imagens que ele está totalmente isolado, diversas vezes ele dá as costas para quem supostamente estava fazendo a negociação, mas não houve negociação, porque, para isso, você tem que ter um técnico, um especialista que vai coordenar toda a operação. Em nenhum momento isso foi feito, em nenhum momento houve um processo investigativo, eu estive na área.

O local de um crime como esse deveria ser preservado, para perícia, para investigação. Nenhum policial do BOPE foi alvejado, nenhuma viatura foi alvejada, não teve lesão em parede. Ele inclusive se abaixa, e continuam os tiros. Então, claramente, não houve nenhum tipo de intenção de haver negociação”, ressaltou Cézar Leite.

Para o advogado Bernardo Guimarães, houve uma discrepância na forma como trataram o policial militar, em relação à maneira como conduzem esse tipo de ação quando envolve criminosos.

“Já vimos inúmeras vezes as negociações entrarem pela madrugada, passarem para o dia seguinte, até dois, três dias. Considerar o tempo de negociação de 4 horas [no caso do cabo Wesley] muito tempo é absurdo. Esse é um tempo insuficiente para cansar o policial, e ele optar por se render.

Havia também uma proximidade muito grande entre a equipe que estava negociando e ele próprio, isso pode ter gerado uma pressão e, estando armado, ele veio a se defender. A ameaça de soltar os cães em cima dele... me pareceu um processo totalmente desastroso”, lamentou.

Confira a entrevista completa:

Fonte: jornaldacidadeonline.com.br

Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo repudia conduta da polícia baiana no caso Wesley

Indignados com a morte do colega de farda Wesley Soares Góes, alvejado por outros policiais militares em Salvador, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo divulgou uma nota de repúdio à conduta do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar da Bahia (PMBA).

De acordo com a nota, os procedimentos adotados pela equipe do BOPE na tentativa de conter a ação do PM foram violentos, sem escrúpulos e, infelizmente, causaram a morte desnecessária do policial.

Confira a nota completa:

29.03.2021

REPÚDIO À MORTE DO PM WESLEY SOARES GÓES, DA BAHIA

A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo (ACSPMESP) vem a público repudiar a conduta do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar da Bahia (PMBA) no caso do policial militar Wesley Soares Góes, lotado na 72ª Companhia Independente de Polícia Militar (72ª CIPM) de Itacaré que, no domingo (28/03), foi até o Farol da Barra, em Salvador, e passou a efetuar disparos para o alto, apresentando surtos psicóticos. Os procedimentos adotados pela equipe do BOPE na tentativa de conter a ação do PM foram violentos, sem escrúpulos e, infelizmente, causou a morte desnecessária do policial.

Em um cenário tão caótico que estamos vivendo devido à pandemia, sistemas ditatoriais partindo dos estados, que estão sendo criados na tentativa de conter a propagação do vírus, estão pressionando os policiais a acatarem medidas que vão contra os direitos e dignidade dos cidadãos, que estão sendo impedidos de trabalhar e que comprometem também o direito constitucional de ir e vir de cada um, muito necessário neste momento para prover o sustento das famílias.

Acatar atos normativos contrários à liberdade e legalidade constitucional podem acarretar situações adversas aos policiais, que serão os primeiros a serem chamados à responsabilidade, mesmo que estejam cumprindo ordens superiores de autoridades; autoridades estas que no final irão se eximir de quaisquer responsabilidades dos atos cometidos pelos agentes. E é por esta e outras situações que fica o alerta a todos os policiais e bombeiros militares que estão em combate, advertidas em aviso da Associação Nacional das Entidades Representativas de PMs e BMs e pensionistas do Brasil (ANERMB), divulgada recentemente.

Um dos princípios fundamentais das polícias militares são a aplicação da lei e preservação de vidas. Em qualquer atuação, a vida humana deve ser primordialmente preservada, a qualquer custo, com a aplicação de técnicas e protocolos específicos de negociação e proteção das pessoas. No caso, se houve iniciativa do PM a atirar primeiro contra a equipe do BOPE, por que não adotaram esses protocolos para impedir que ele continuasse o confronto, com a atuação de um atirador de elite para somente incapacitar o atirador e depois ser preso? Por que mataram? Houve um erro de protocolo ou erro no comando da ação? Policiais só cumprem ordens! De quem partiu a ordem? Com qual propósito? O policial estava nitidamente alterado psicologicamente. Era mais uma vítima da pressão vinda de sua profissão. Precisava de tratamento, não de ser silenciado!

A ACSPMESP, maior entidade da classe policial militar do país, que representa mais de 50 mil associados e suas famílias, lamenta e repudia a ação deplorável ocorrida com o PM Wesley Góes e protesta por esclarecimentos e dura condenação dos reais culpados pela ação desastrosa que culminou com a morte de um policial militar.

Nos solidarizamos com a família do policial militar Wesley Soares Góes e apoiamos as manifestações das entidades representativas da classe da Bahia, para apuração da ação dos policiais das equipes do BOPE que atuaram neste trágico episódio.

Que os reais culpados sejam condenados!

Wilson de Oliveira Morais – Cabo PM

– Presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo (ACSPMESP)

– Deputado estadual na 14ª legislatura (1999 a 2003) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP)

– Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Nacional das Entidades Representativas de Policiais Militares e Bombeiros Militares e Pensionistas do Brasil (ANERMB)

– Presidente do Conselho Fiscal da Federação das Entidades Representativas dos Militares do Estado de São Paulo (FERMESP)

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