O Presidente do Sindiguardas, Pedro de Oliveira, que representa a Guarda Civil Municipal de Feira de Santana, utilizou a tribuna livre da Câmara de Vereadores, nesta terça-feira (14), para solicitar a retirada dos prepostos do Parque Radialista Erivaldo Cerqueira, em virtude do risco de contaminação por cólera.
O equipamento foi interditado pela prefeitura no dia 17 de fevereiro, após amostras coletas de água demonstrarem a presença do vibrião colérico.
“Se o prefeito proibiu a população de adentrar o Parque Erivaldo Cerqueira por causa do risco de contaminação por cólera, é o guarda que vai ficar lá, pois é de aço e invisível? Não. É um pai de família, ser humano, que fez um concurso para trabalhar, mas não ter sua vida colocada em risco”, protestou o representante sindical.
Ele aproveitou ainda o espaço para denunciar as condições de trabalho da categoria.
“A minha fala foi para pedir socorro para a verdadeira polícia de Feira de Santana, que é a Guarda Civil, pelos desmandos, descasos, já perdemos dois companheiros aqui assassinados, exercendo a função. Semana passada, há mais ou menos 15 dias, íamos perder mais dois, mas Deus foi mais rápido e o inimigo não conseguiu atingir o alvo.”
Ele enfatizou que faltam condições de trabalho para a Guarda Municipal em Feira.
“Faltam fardamentos, cursos de formação, piso salarial mínimo, plano de carreira, que construíram e desfavorece o valor que o guarda tem, e não tem nenhuma progressão. Os guardas municipais que compram seus fardamentos para trabalhar. O secretário Moacir foi para a rádio dizer que os guardas tomam cursos, serão que somos surdos? Isso não é verdade. Estamos nos atentando para lutar junto com o sindicato, as forças sindicais, buscando seus valores constitucionais e principalmente financeiros”, afirmou Pedro de Oliveira.
O sindicalista denunciou ainda que as viaturas da guarda estão sucateadas.
“Não tem nenhuma estrutura para a Guarda Municipal em Feira, com viaturas sucateadas, guardas empurrando as viaturas e motos no meio da rua. E o povo fazendo chacota, porque o dinheiro é do povo e repudiam dessa forma”, disse.