Atenta às explicações e conhecimentos repassados pelas facilitadoras do Centro Especializado de Reabilitação (CER IV), a equipe de fisioterapeutas do Ipesaúde participou na manhã desta quarta-feira, 15, do Curso de Capacitação sobre Órteses, Próteses e Materiais Específicos (OPM). O evento ocorreu de forma mista, presencialmente, na sede do Centro de Reabilitação, e com transmissão virtual, através do Google Meet, para os profissionais que atuam nas unidades do Instituto localizadas no interior do estado.

De acordo com a assessora da Diretoria de Promoção à Saúde (Dirpros), Roberta Barbosa, o curso teve como objetivo capacitar os fisioterapeutas do Instituto sobre OPM. “Essa capacitação foi possível de ser realizada a partir de uma parceria feita entre o Ipesaúde e o CER IV, dentro daquele compromisso de facilitar a alta dos nossos pacientes”, afirmou.

Segundo Roberta, a gestão está sempre buscando capacitar os fisioterapeutas para que eles fiquem atualizados sobre as novidades que existem no mercado, sobre a fabricação das órteses e próteses e também em relação a forma correta de prescrever. Ela informou ainda que todos os fisioterapeutas que participaram do curso terão direito ao certificado digital oferecido pelo Ipesaúde.

A coordenadora do Centro de Reabilitação, Márcia Fonseca Costa, ressaltou a importância da parceria com o CER IV. Segundo ela, esse trabalho conjunto é muito importante porque o CER IV oferece os OPMs solicitados pelos fisioterapeutas para os pacientes. “A gente só tem a ganhar ao qualificar o serviço, que é isso que estamos buscando cada vez mais”, disse.

Conforme Márcia, têm pacientes que vêm para o Centro de Reabilitação necessitando das órteses e têm aqueles que já vêm com elas para serem reabilitados. “É muito importante a gente indicar, quanto mais precoce possível, a prescrição desses OPMs para os beneficiários do Ipesaúde”, ressaltou.

Solicitação de OPM

Durante o curso, a gerente do setor de OPM e Estomia do CER IV, Thaís Cardoso, explicou para os fisioterapeutas os procedimentos que eles deveriam adotar em relação aos formulários de prescrição. Ela falou como é que faz a prescrição correta para órteses, próteses e materiais especiais. “O objetivo é que os fisioterapeutas possam preencher os formulários certinhos para que os pacientes ao chegarem lá no CER IV consigam fazer uma dispensação mais rápida”, enfatizou.

Conforme Thaís, foram mostrados os formulários e dados alguns exemplos de próteses e órteses. “Também mostramos como trabalhamos e quais os materiais que a gente dispensa”, salientou. Ela informou ainda que como não são todos os tipos de materiais que são disponibilizados, algumas regras têm que ser seguidas.

“Nem todos os CIDs (Código Internacional de Doenças) são contemplados para receber. O profissional tem que acessar o site do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (Sigtap), para saber o que o Estado disponibiliza, porque não são todos os tipos de materiais, por exemplo, não são todos os tipos de cadeiras de rodas que são disponibilizadas. Por isso, é importante que o paciente chegue lá com tudo discriminado certinho”, afirmou.
 
Materiais

A gestora operacional do Serviço de OPM do CER IV, Tamires Guilherme da Silva, demonstrou para os fisioterapeutas alguns materiais como prótese mamária, bengala canadense, muleta axilar e andador tanto adulto como infantil, cadeiras de rodas, cadeiras de banho, próteses oculares, óculos, palmilhas.

Segundo ela, alguns materiais solicitados são feitos sob medida, como calçados, coletes e próteses, que têm que ser encaminhados para a empresa responsável pela confecção, para que sejam feitos os moldes, com a subsequente realização da prova pelo paciente, e só depois é que acontece a entrega.

Mais conhecimento

A fisioterapeuta Juliana Santos da Silva disse que as capacitações promovidas pelo Ipesaúde têm sido muito importantes porque ampliam a área de conhecimento e ofertam mais funcionalidade aos pacientes.

Ela destacou que sabia que o Estado oferecia órteses e próteses, mas não tinha conhecimento que era o CER IV que ofertava, principalmente a órtese ocular e a palmilha. “Por isso acho que é muito importante a gente entrar mais nesse mundo da fisioterapia, que é tão amplo e a gente tem muitas ferramentas para utilizar”, disse.

Juliana afirmou ainda que com as novas informações que obteve na capacitação vai poder adiantar o processo, fazendo a solicitação correta para não ter a frustração de o paciente ir e voltar com o formulário para corrigir. “A gente já tem conhecimento de toda a parte burocrática para que o paciente consiga se inserir normalmente na sociedade de forma mais funcional possível”, ressaltou.

O fisioterapeuta Tiago Castro também ressaltou a importância da capacitação. “Achei a capacitação sobre OPM de suma relevância. Para a minha formação a capacitação agrega muito”, avaliou.

Sobre os formulários de solicitação das órteses e próteses, ele afirmou que tem vários itens, é detalhado com relação a realização da prescrição da órtese e um item que esteja errado já inviabiliza a dispensação. “O meu primeiro paciente amputado foi daqui do Centro de Reabilitação e a minha primeira prescrição também. Eu fiz todo esse processo de preencher o formulário, fazer o relatório, de colocar a finalidade da prótese, tudo muito especificado”, disse.

Em relação às novas informações, ele revelou que não tinha conhecimento sobre a questão do Sigtap. “Eu não tinha conhecimento, tive agora na capacitação. Vai facilitar muito mais para achar o CID correto ao fazer a solicitação da órtese ou da prótese”, disse.