Por mais que a Transalvador tente explicar, não há justificativa plausível para a redução de velocidade em avenidas da capital, como ocorreu com a Dorival Caymmi, que num curto espaço de tempo passou de 70km/h, 60 km/h e, por último, 50km/h. A sanha arrecadatória dessa gente não tem limites, abusos injustificáveis se levarmos em conta que as vias são em sentido único e as pistas devidamente sinalizadas, sendo duas faixas na Dorival Caymmi e três ou quatro, nas avenidas Orlando Gomes e Pinto de Aguiar, injustificadamente alteradas de 70km/h para 60km/h. Pelo andar da carruagem, em breve a Av. Luiz Viana Filho passará por semelhante processo, para alegria dos cofres municipais.
Fica no ar a sensação de que as recentes e desastradas medidas guardam íntima relação com o fracasso da última campanha política. Será que as aves de rapina que castigaram os ambulantes não arrecadaram o suficiente com o bilionário carnaval baiano e decidiram penalizar os proprietários de veículos automotores?. Acham pouco os impostos extorsivos cobrados do contribuinte, a exemplo do IPTU calculado sobre o estratosférico valor venal?.
Acredito que a Ascom da Transalvador deva se pronunciar a respeito do assunto, esclarecendo detalhadamente as razões técnicas para tais medidas e qual a parte que cabe à prefeitura, em planilha, para cada multa aplicada. No lugar de reduzir a velocidade, os técnicos bem que poderiam encontrar uma solução para o trânsito caótico de Salvador.
Como residente em condomínio na Avenida Orlando Gomes, é imperiosa a presença de prepostos do trânsito nas proximidades do SENAI-CIMATEC, não somente para evitar a invasão de veículos, como a travessia de estudantes que insistem em atravessar a pista em desobediência à sinalização semafórica.
Jorge Braga Barretto
Contato: jbbarretto@gmail.com
(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 16.03.2023.