Teve início nesta terça-feira, 21, na Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, o II Seminário dos Saberes e Fazeres Culturais. Realizado pela Prefeitura de Jequié, através da Secretaria de Cultura e Turismo, Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação, o evento faz parte das estratégias do município na luta contra o preconceito religioso. Estiveram presentes o secretário de Cultura e Turismo, Domingos Ailton; a gestora de Políticas Públicas, Marinelma Macedo; a gestora de Proteção Social Básica, Suélen Pereira; o gestor da Proteção Especial, Alexandro Luiz Bomfim; as assistentes sociais do município, Ana Marta Palmito e Ariadini de Almeida Dócio; o palestrante Jeziel Silva Anjos, representante do Terreiro Ílé Yia Oshum e membro do Conselho da Comunidade Negra de Salvador; a vice-presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam), Noélia Pires; equipes técnicas das secretarias municipais; dezenas de pessoas da sociedade civil, autoridades religiosas e participantes dos Terreiros.
“Considero esse encontro importante, pois você não pode fazer política pública para pessoas que não existem, então, o primeiro passo é a identificação dos povos, para que sejam executadas ações, estratégias e políticas públicas para essas pessoas. Vamos propor a criação de um conselho, que reúna a sociedade civil, o poder público, o Ministério Público, representantes de outras denominações religiosas, entre outras, para que se discutam as demandas relativas à comunidade negra.”, destacouJeziel Silva Anjos, um dos palestrantes e representante do Terreiro Ílé Yia Oshum e membro do Conselho da Comunidade Negra de Salvador.
“Quando a Secretaria de Cultura e Turismo se propõe a proporcionar um encontro desses, eu acho muito vantajoso, não só para poder falar para o nosso povo, mas também como valorização sobre as tradições e sobre a nossa cultura. Senti falta da existência de um conselho, pois é através do conselho que a gente consegue fazer com que o poder público crie políticas públicas para esse público, que é o povo que precisa.”, disse a vice-presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam),Noélia Pires.
“Temos implementado ações de reafirmação da Cultura e das tradições religiosas dos povos de Santo, preconizadas pela laicidade do Estado. Esse já é o II Seminário, já tivemos um anterior, associado a outras iniciativas, como a execução do I Seminário Saberes Culturais dos Terreiros, do Dia da Consciência Negra, entre outras e, agora, após esse II Seminário, teremos a entrega de um “Espaço Kiankulu”, representativo da cultura afro-brasileira, instalado em definitivo no Museu João Carlos Borges.”, disse o secretário de Cultura e Turismo,Domingos Ailton.