GERAL Sergipe
Patrocínio do Governo de Sergipe ao futebol feminino projeta equipe do Estanciano
Equipe do município de Estância é a única a representar o estado no Campeonato Brasileir
25/03/2023 09h55
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

Ao pisar no gramado, o sorriso aberto da atleta Juliana Rosa, 25 anos, não nega: ela está em seu local preferido. Lateral-direita do Estanciano Esporte Clube, Juliana é uma das jogadoras beneficiadas pelo patrocínio do Governo de Sergipe à equipe, durante sua participação no Campeonato Brasileiro A3. Esta é a primeira vez que o governo irá patrocinar um time feminino de futebol, reafirmando o compromisso da gestão com o incentivo ao protagonismo das mulheres em todos os espaços.

A equipe feminina do Estanciano foi escolhida para receber o patrocínio por ser a única a representar Sergipe no Brasileirão. Em seu currículo, o time carrega o título de campeão Brasileiro e Sergipano Fut7, ambos conquistados em 2022, e o bicampeonato Sergipano de futebol, celebrado em 2022 após a vitória de 2021.

Para Juliana, o patrocínio assegura não só sua possibilidade de trabalhar, mas também de exercitar sua vocação. Tendo começado a jogar ainda na infância, a atleta considera o futebol como seu local de conforto. “Cheguei a trabalhar em outros locais, mas não me sentia bem, não me identificava. Eu vi que meu lugar é no futebol. Pode ser que amanhã ou depois eu mude de ideia, mas o meu sonho é sempre jogar bola”, afirma.

História

A história de Juliana Rosa no futebol começa por volta de seus dez anos. Acompanhada de suas irmãs e vizinhas e inspirada pelos irmãos, a atleta começou a jogar bola na rua. Com o passar dos anos, Juliana passou a ver no futebol mais do que um hobby. “Comecei a despertar para ser profissional por causa da minha mãe. Meu pai não queria que eu jogasse, mas minha mãe sempre deixava livre: ‘É o que você gosta, então você tem que fazer’. E eu lutei, enfrentei várias coisas, e hoje estou aqui. Inclusive, é algo que já mudou: ele não gostava e hoje tem orgulho quando me vê passando na TV”, conta.

Na visão de Juliana, o Estanciano é mais do que uma equipe. “É uma segunda família. A gente sempre se trata bem. Se uma precisa de uma coisa, as outras ajudam, emprestam... E assim a gente vai vivendo”, resume a atleta, que sonha com o título do Brasileirão A3 e almeja chegar à série A1 nas próximas temporadas.

A jogadora considera que o patrocínio do Governo de Sergipe será de grande ajuda não só para ela e suas colegas de time, mas para o futebol feminino como um todo. “Apoio é sempre importante. Algumas de nós não têm condições de ter uma chuteira, de ter meiões... E o material do jogador é esse: caneleira, roupa... Se não tiver, como é que a gente vai trabalhar?”, indaga.

A diretora da equipe feminina do Estanciano, Natali Coimbra, concorda. “Esse recurso vindo do Estado é um abraço carinhoso do nosso governador, um cara que gosta muito de esporte. É um valor essencial para nossa participação no Brasileiro. Vai servir para compra de material, para ajuda de custo... Pode ter certeza de que vai ser muito bem utilizado, e de que a gente vai poder ter uma capacidade até maior do que a que temos hoje”, opina.

Construção

Com significativas vitórias no currículo, a equipe feminina do Estanciano começou sua trajetória por volta de 2019. Segundo Natali, o grupo nasceu como reflexo do trabalho que já vinha sendo desenvolvido por ela na ONG ‘Eu Acredito’, que insere crianças e adolescentes na prática esportiva.

“De lá para cá, os títulos começaram a vir, e fizeram com que a gente mostrasse o potencial do futebol feminino aqui em Sergipe. A torcida vem crescendo, e é uma representatividade muito honrosa para a gente. Com fé em Deus, vamos conquistar mais títulos neste ano”, aposta, confiante, apesar de algumas dificuldades que enfrentam.

“As dificuldades existem. Sempre que tem competição, a gente corre atrás de patrocínio para a parte de uniforme. Estrutura física também, é sempre mais complexo para o mundo do futebol feminino. Hoje, a gente tem a disponibilidade de treinar no campo de uma empresa, que não é o campo do Estanciano. A casa do Estanciano é o Francão [Estádio Governador Augusto Franco], mas, por conta de distância e horários, não dá para gente se encaixar nos horários de lá”, explica. Isso porque as atletas ainda precisam se desdobrar em outras ocupações, pois não conseguem se manter do futebol.

A luta pela valorização também é constante entre as atletas, embora já haja um avanço em relação à visibilidade. Por esse motivo, o patrocínio do Governo de Sergipe se mostra como um diferencial. “O mundo do futebol feminino ainda está engatinhando. É preciso muita valorização e investimento no trabalho da base, aumentando o quantitativo de treinamento. Eu acredito muito na equidade do futebol masculino com o feminino. E eu acredito que, por meio desse patrocínio para o futebol feminino vindo do governo, vai ser um pontapé que vai fazer com que abram o olho para o futebol feminino aqui no estado”, prevê a diretora.

Patrocínio do Governo de Sergipe ao futebol feminino projeta equipe do Estanciano
GERAL Sergipe
Patrocínio do Governo de Sergipe ao futebol feminino projeta equipe do Estanciano
Equipe do município de Estância é a única a representar o estado no Campeonato Brasileir
25/03/2023 09h55
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

Ao pisar no gramado, o sorriso aberto da atleta Juliana Rosa, 25 anos, não nega: ela está em seu local preferido. Lateral-direita do Estanciano Esporte Clube, Juliana é uma das jogadoras beneficiadas pelo patrocínio do Governo de Sergipe à equipe, durante sua participação no Campeonato Brasileiro A3. Esta é a primeira vez que o governo irá patrocinar um time feminino de futebol, reafirmando o compromisso da gestão com o incentivo ao protagonismo das mulheres em todos os espaços.

A equipe feminina do Estanciano foi escolhida para receber o patrocínio por ser a única a representar Sergipe no Brasileirão. Em seu currículo, o time carrega o título de campeão Brasileiro e Sergipano Fut7, ambos conquistados em 2022, e o bicampeonato Sergipano de futebol, celebrado em 2022 após a vitória de 2021.

Para Juliana, o patrocínio assegura não só sua possibilidade de trabalhar, mas também de exercitar sua vocação. Tendo começado a jogar ainda na infância, a atleta considera o futebol como seu local de conforto. “Cheguei a trabalhar em outros locais, mas não me sentia bem, não me identificava. Eu vi que meu lugar é no futebol. Pode ser que amanhã ou depois eu mude de ideia, mas o meu sonho é sempre jogar bola”, afirma.

História

A história de Juliana Rosa no futebol começa por volta de seus dez anos. Acompanhada de suas irmãs e vizinhas e inspirada pelos irmãos, a atleta começou a jogar bola na rua. Com o passar dos anos, Juliana passou a ver no futebol mais do que um hobby. “Comecei a despertar para ser profissional por causa da minha mãe. Meu pai não queria que eu jogasse, mas minha mãe sempre deixava livre: ‘É o que você gosta, então você tem que fazer’. E eu lutei, enfrentei várias coisas, e hoje estou aqui. Inclusive, é algo que já mudou: ele não gostava e hoje tem orgulho quando me vê passando na TV”, conta.

Na visão de Juliana, o Estanciano é mais do que uma equipe. “É uma segunda família. A gente sempre se trata bem. Se uma precisa de uma coisa, as outras ajudam, emprestam... E assim a gente vai vivendo”, resume a atleta, que sonha com o título do Brasileirão A3 e almeja chegar à série A1 nas próximas temporadas.

A jogadora considera que o patrocínio do Governo de Sergipe será de grande ajuda não só para ela e suas colegas de time, mas para o futebol feminino como um todo. “Apoio é sempre importante. Algumas de nós não têm condições de ter uma chuteira, de ter meiões... E o material do jogador é esse: caneleira, roupa... Se não tiver, como é que a gente vai trabalhar?”, indaga.

A diretora da equipe feminina do Estanciano, Natali Coimbra, concorda. “Esse recurso vindo do Estado é um abraço carinhoso do nosso governador, um cara que gosta muito de esporte. É um valor essencial para nossa participação no Brasileiro. Vai servir para compra de material, para ajuda de custo... Pode ter certeza de que vai ser muito bem utilizado, e de que a gente vai poder ter uma capacidade até maior do que a que temos hoje”, opina.

Construção

Com significativas vitórias no currículo, a equipe feminina do Estanciano começou sua trajetória por volta de 2019. Segundo Natali, o grupo nasceu como reflexo do trabalho que já vinha sendo desenvolvido por ela na ONG ‘Eu Acredito’, que insere crianças e adolescentes na prática esportiva.

“De lá para cá, os títulos começaram a vir, e fizeram com que a gente mostrasse o potencial do futebol feminino aqui em Sergipe. A torcida vem crescendo, e é uma representatividade muito honrosa para a gente. Com fé em Deus, vamos conquistar mais títulos neste ano”, aposta, confiante, apesar de algumas dificuldades que enfrentam.

“As dificuldades existem. Sempre que tem competição, a gente corre atrás de patrocínio para a parte de uniforme. Estrutura física também, é sempre mais complexo para o mundo do futebol feminino. Hoje, a gente tem a disponibilidade de treinar no campo de uma empresa, que não é o campo do Estanciano. A casa do Estanciano é o Francão [Estádio Governador Augusto Franco], mas, por conta de distância e horários, não dá para gente se encaixar nos horários de lá”, explica. Isso porque as atletas ainda precisam se desdobrar em outras ocupações, pois não conseguem se manter do futebol.

A luta pela valorização também é constante entre as atletas, embora já haja um avanço em relação à visibilidade. Por esse motivo, o patrocínio do Governo de Sergipe se mostra como um diferencial. “O mundo do futebol feminino ainda está engatinhando. É preciso muita valorização e investimento no trabalho da base, aumentando o quantitativo de treinamento. Eu acredito muito na equidade do futebol masculino com o feminino. E eu acredito que, por meio desse patrocínio para o futebol feminino vindo do governo, vai ser um pontapé que vai fazer com que abram o olho para o futebol feminino aqui no estado”, prevê a diretora.