Diante do aumento da demanda por atendimento pediátrico nos hospitais da cidade, em razão de problemas respiratórios, o secretário municipal de saúde, Vinícius Rodrigues, convocou uma reunião emergencial, no fim da tarde de ontem (28), no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com representantes das unidades que atendem crianças (Hospital Esaú Matos, UPA e São Vicente). O objetivo foi definir uma ação emergencial, que deve acontecer no período de 30 dias, e a elaboração de um fluxo de atendimentos de crianças, a fim de diminuir a sobrecarga nas alas de pediatria dos hospitais.
De acordo com o secretário, foi percebido que grande parte da lotação das emergências das unidades está relacionada com pacientes de municípios circunvizinhos que são vêm buscar atendimento em Vitória da Conquista. “Nós temos a nossa demanda, que já é grande, e as demandas dos municípios ao redor, e isso sobrecarrega a nossa rede, exigindo da gente a reação. Fizemos essa reunião emergencial, para definir o fluxo e divulgar para toda a população nos próximos dias”, explicou Vinícius.
Esse aumento do número de casos de crianças com doenças respiratórias é acontecimento sazonal, comum nesta época do ano. “Existe até um pouco de antecipação dessa sazonalidade agora e isso também tem relação com o comportamento viral pós-pandemia, existem estudos publicados sobre isso. Essa epidemiologia já era esperada para esse ano, mas o volume de atendimento que está sobrecarregando as unidades hospitalares é o que, de fato, pesa sobre essa decisão emergencial”, complementou o secretário.
Na terça-feira (28), a Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) já havia emitido um alerta sobre o crescimento dos casos de síndromes respiratórias em todo o estado da Bahia, principalmente em crianças que estão sendo hospitalizadas.
A orientação é de que a população deve adotar cuidados específicos para evitar complicações, como as pneumonias. Em casos de quadros sugestivos para doenças respiratórias, é necessário buscar, inicialmente, atendimento na unidade básica de saúde de referência para avaliação médica e, em casos graves, procurar a emergência hospitalar.