O Centro de Endocrinologia e Diabetes do Ipesaúde realizou na manhã desta sexta-feira, 31, mais uma edição do Projeto 'Sala de Espera'. Na oportunidade, duas nutricionistas da unidade realizaram palestras para os beneficiários abordando temas relacionados aos hábitos alimentares saudáveis. A ação teve como objetivo celebrar o Dia da Saúde e da Nutrição, comemorado hoje, 31 de março.
De acordo com a coordenadora do Centro, Kelly Bignardi, a data faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde e tem como finalidade conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde e de uma alimentação saudável. “Esse dia foi escolhido para que as pessoas parem um pouco para pensar na sua própria saúde e nos hábitos alimentares. Como o Centro tem um público composto por pacientes diabéticos, o nosso objetivo foi aproveitar esse momento, que é a Sala de Espera, e trazer uma fala dos nutricionistas que atuam neste Centro”, disse Kelly.
Conforme a gestora, as duas profissionais que atendem no Centro abordaram temas relacionados à importância da alimentação saudável, mudança de hábito alimentar, com a substituição de alimentos que a pessoa já consome e que não são tão saudáveis, por outros considerados ideais. “Hoje é realmente um dia que a gente precisa celebrar e falar mais sobre a importância da alimentação que oferece os nutrientes necessários ao bom funcionamento do corpo”, ressaltou.
A palestra foi realizada pelas nutricionistas Rakel Braz Mota, que é a responsável técnica do Centro, e Flávia Silva. Segundo Flávia, a ação do Dia Nacional da Saúde da Nutrição tem um intuito maior de promover a conscientização em relação à alimentação dos beneficiários e dos pacientes do Centro de Diabetes. “A ideia é trazer para eles informações relativas à prevenção e em relação ao quanto a alimentação saudável pode impactar na vida de cada um, melhorando cada patologia, quer seja diabetes, quer seja hipertensão ou obesidade, que são as doenças que infelizmente mais acometem os pacientes atendidos aqui no nosso Centro”, salientou.
A nutricionista destacou ainda a receptividade dos pacientes em relação às palestras e temas abordados. “Eles nos acolhem de forma muito boa, sempre fazem perguntas, são bem interativos e gostam dessa participação, por isso tudo fica mais dinâmico, mais leve de se trabalhar. A gente sempre tenta passar as informações em uma linguagem mais tranquila, para que eles possam levar isso não só para si como também para os vizinhos, os amigos, a família. Há 15 dias fizemos uma palestra e a paciente me disse que passou as informações para o neto, que por sua vez, já está colocando as orientações em prática com o filho. É muito bom a gente trazer essas ações, porque a informação circula, não fica só aqui e é exatamente isso que a gente quer, expandir o conhecimento sobre saúde, sobre prevenção”, enfatizou.
Mudança de hábito
A nutricionista revelou que a sensibilização deve ser constante. Uma das pacientes presentes aproveitou a palestra para tirar a sua dúvida sobre se era correto ela se alimentar com mingau no café da manhã e no jantar. A nutricionista orientou que é preciso ter opções melhores, até porque o mingau de aveia para quem é paciente diabético e tem glicemia alta acarreta em um índice glicêmico maior.
“A gente precisa fazer com que os pacientes entendam que não é só um alimento que eles devem comer, são vários. Nesse caso da paciente que se alimenta de mingau duas vezes ao dia, em específico, se faz necessário incluir na alimentação raízes (batata-doce, macaxeira, inhame), proteínas, vitamina de frutas, porque ela precisa de fibras e minerais que o mingau de aveia, somente, em duas refeições, não vai conseguir trazer”, disse.
Aprendizado
A funcionária pública aposentada, Maria Celina Santos, 73 anos, assistiu a palestra das nutricionistas atentamente. Ela gostou da iniciativa e disse que nessas oportunidades sempre aprende. “Não sou muito de comer, não como cuscuz, de vez em quando me dá vontade e eu como um pedacinho de macaxeira, batata não gosto muito. O que eu gosto mesmo é de feijão com arroz, mas sou diabética e à medida que vamos ficando mais velhas temos que ter cuidado com a alimentação”, revelou.
A mãe de um beneficiário, Alexandra Menezes, também gostou muito da palestra. “Vim aqui hoje para pegar um documento para o meu filho e por coincidência escutei essa palestra maravilhosa. É muito interessante, muito bom o esclarecimento do profissional para nós. Somos leigos no assunto, temos dúvidas, como alguns pacientes aqui tiveram dúvidas e perguntaram para saber sobre o consumo de alguns alimentos, como o cuscuz, a tapioca e a explicação foi muito válida para a gente”, afirmou.