SAÚDE Sergipe
Profissionais do Laboratório Central recebem treinamento para identificação de caramujos
Ação foi direcionada para identificação do caramujo da espécie Biomphalaria, vetor parasita transmissor da Esquistossomose
04/04/2023 15h40
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

 Biólogos e técnicos em laboratório do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), unidade gerida pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), participaram de um treinamento para identificação do caramujo da espécie Biomphalaria, vetor parasita transmissor da Esquistossomose. A atividade foi promovida pelo Departamento de Morfologia da Universidade Federal  de Sergipe (UFS) e abordou características morfológicas dos caramujos que vivem em água doce no Estado.

Segundo a bióloga Marta Leão, que trabalha no laboratório de Entomologia, Parasitologia e Zoonoses do Lacen, a capacitação proporciona mais conhecimento para pesquisa e diferenciações dos caramujos. Ela informou ainda que, em Sergipe, são encontrados dois gêneros de caramujo, o Biomphalaria glabrata e Biomphalaria stramínea. “O contágio com a Esquistossomose, ocorre quando as pessoas entram em contato com água doce onde existem essas espécies de caramujos infectados”, explicou a bióloga.

Conforme a gerente de Entomologia e Parasitologia, Karine Moura, a atividade de promoção à saúde tem como proposta o aprimoramento e atualização de técnicas, destinadas aos profissionais que trabalham com o diagnóstico da Esquistossomose. "Essa é uma doença endêmica em nosso Estado, transmitida pelo caramujo. O diagnóstico correto é essencial para auxiliar o tratamento, visando à qualidade da prestação dos serviços para a população sergipana", salientou a gestora.

Serviço

De acordo com dados do laboratório de Parasitologia do Lacen, em média são realizados 4.000 testes ano, para o controle de qualidade do programa de Controle da Esquistossomose. Em 2021, o setor registrou 3.854 análises e, em 2022, 4.235.

Parasitologia

A Esquistossomose é uma doença causada por Schistosoma mansoni, parasita que tem no homem seu hospedeiro definitivo e que necessita de caramujos de água doce como hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo evolutivo. O diagnóstico da doença pode ser feito por meio de exames laboratoriais de fezes ou, ainda, teste de anticorpos para verificar sinais de infecção.