SAÚDE Sergipe
Ipesaúde celebra passagem do Dia Mundial do Autismo com atividades lúdicas
Na manhã da última segunda-feira, 3, o Ipesaúde realizou uma ação no Centro de Reabilitação do Instituto
05/04/2023 15h15
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

Brincadeira e interação para as crianças atendidas no Centro de Reabilitação do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) marcaram a passagem do Dia Mundial do Autismo, comemorado no último dia 2 de abril. Na manhã da última segunda-feira, 3, foi realizada uma ação no Shopping RioMar e ficará marcada na lembrança de pais e crianças como um momento muito especial.

Promovido pela coordenação do Centro de Reabilitação, a iniciativa contou com a participação de grande número de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e de seus pais. São crianças que realizam terapias com a equipe multidisciplinar do Centro, composta por psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicopedagogos.

A diretora de Promoção à Saúde do Instituto, Priscila Kitawara, parabenizou o Centro de Reabilitação pela realização da atividade fora do espaço clínico. “Foi uma iniciativa muito importante porque promoveu uma integração dos beneficiários com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus pais com a sociedade. Isso faz com que as pessoas conheçam o que é o TEA, reconheçam, incluam e respeitem os autistas”, ressaltou.

Integração

Ela destacou ainda que foi uma manhã de diversão, reconhecida por todos que estavam lá: pais, crianças, terapeutas e gestores, como um dia de muita alegria onde todos que compareceram puderam participar e aproveitar o momento. “Foi muito importante para que os laços entre família, terapeutas e a criança se fortalecessem ainda mais, afinal, o fortalecimento desse vínculo integrativo entre criança, terapeuta, pai, sociedade é de suma importância para que tudo flua de acordo como deve ser. Para que as crianças tenham as devidas oportunidades e consigam se desenvolver na sua integralidade”, salientou.

Priscila enfatizou também que pôde presenciar toda a integração dos profissionais com os pais e as crianças. “A cumplicidade entre eles é um bom sinal de que o serviço prestado está sendo reconhecido. Teve um pai que me chamou, agradeceu e falou de toda a equipe, do olhar reconfortante que ele tem de todo mundo que trabalha no Centro, desde a pessoa que está na porta, da limpeza, ao profissional que atende a filha dele”, revelou.

A fonoaudióloga Ana Paula de Góis também ressaltou a importância da ação e da celebração da data. 'Mais informações, menos preconceito' este foi o lema da campanha deste ano do Dia Mundial do Autismo, que foi comemorado no último dia 2 de abril. A especialista ressaltou que cada um de nós tem um jeito de ser, cada pessoa é única, e vai ter as suas próprias habilidades.

Ana Paula disse que existem muitos rótulos em relação às crianças autistas, muito preconceito ainda, e este ano a campanha traz essa preocupação em relação às informações, ao acolhimento aos autistas. “Muitas vezes você vai para um consultório e a criança se desestabiliza, porque saiu da sua rotina, então as pessoas ficam ali com aquele olhar de crítica, julgando, não entendem que aquela pode ser uma criança autista”, afirmou.

“O lema 'Mais informações, menos preconceito' propõe mais inclusão, porque cada ser é único e cada autista também é único. Cada um reage de uma forma. O autista tem dificuldade na questão da comunicação e na inclusão social, por isso nós realizamos esse evento para que eles se sentissem incluídos”, enfatizou.

Ação importante

O beneficiário José Adailton Santana Cunha, pai de João Vitor de Souza Cunha, 6 anos, gostou muito de ter participado da ação promovida pelo Centro de Reabilitação. Segundo ele, a comemoração do Dia Mundial do Autismo é fundamental, porque ainda há muita discriminação em relação ao transtorno. “A gente vê que tem muita discriminação, muita falta de conhecimento sobre o que é o autismo. E com essa falta de conhecimento há muito preconceito, porque se as pessoas procurassem saber mais sobre o autismo, com certeza não haveria preconceito”, disse.

O filho de José Adailton vem sendo acompanhado pela equipe multidisciplinar do Centro de Reabilitação desde os quatro anos de idade e está muito satisfeito com o atendimento. “A gente descobriu o TEA quando ele tinha dois anos e se não fosse o acompanhamento do Ipesaúde, a gente não saberia lidar com ele. Hoje ele é outra criança, a gente vê que o desenvolvimento dele está aumentando cada vez mais, através das terapias realizadas no Centro. A sorte da gente, graças a Deus, é a existência desse Centro de Reabilitação, que só tem profissionais excelentes e super capacitados. O tratamento dele, se der uma parada, regride, então não podemos parar porque é contínuo e a gente vê que tem resolutividade, sim”, afirmou.

Evellyn Caroline Silva Alves, mãe de Eva Júlia Messias Alves, também destacou a importância da ação. “Estar aqui é muito bom, porque Eva vai melhorando o contato social com as crianças. Antes, quando ela era menor, ao chegar uma criança ela saía. Hoje minha filha já até aceita a aproximação”, afirmou, ao acrescentar que o fato de estar na escola também melhorou bastante essa questão de interação com outras crianças.

Evellyn disse que Eva não fala, tem seletividade alimentar e tem vários estereótipos, grita e balbucia muito. “Só fala mamãe e papai. São as únicas palavras que ela diz. A gente chama e ela não escuta, não olha, por isso a gente procurou os profissionais do Centro de Reabilitação”, afirmou. No Centro de Reabilitação do Ipesaúde, Eva vai ser atendida por uma equipe multidisciplinar.