O primeiro minuto de vida do bebê é considerado de ouro, uma vez que o recém-nascido pode ter seqüelas para o resto da vida se não receber os cuidados necessários. É sob essa ótica que atuam os 41 neonatologistas da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, profissionais especializados no cuidado do bebê desde o nascimento até o vigésimo oitavo dia de vida.

Em uma maternidade de alto risco, a especialidade ganha ainda mais valor, segundo atesta a neonatologista Klebiana Santos Gomes de Barros, uma vez que há uma chance maior de os bebês nascerem prematuros ou com outras complicações, tanto por conta de patologias maternas como inerentes ao próprio bebê, como as malformações fetais. “Por isso, muitos acabam precisando de cuidados intensivos ou intermediários, que são direcionados ao neonatologista”, reforçou.

Dados da maternidade dão conta de que entre 20% a 25% dos bebês que nascem na unidade vão para a UTI Neonatal e destes, 80% a 90% são crianças menores de 37 semanas. É a UTI o principal campo de atuação do médico neonatologista, como observa Klebiana de Barros, salientando que a Unidade de Tratamento Intensivo é um ambiente que oferece cuidados de grande complexidade aos recém-nascidos ali internados.

“Cuidar de bebês prematuros e prematuros extremos exige muito conhecimento técnico e também muito amor, já que eles têm muitas particularidades que precisam ser avaliadas de forma global e integrada e, o profissional mais habilitado para o manejo desses pacientes é o neonatologista”, disse.

Ela explicou que a neonatologia é uma subespecialidade da pediatria, cabendo ao neonatologista avaliar os bebês, fazer a prescrição médica com as necessidades particulares de cada um, executar pequenos procedimentos, como passagem de cateter umbilical, atender as intercorrências que podem acontecer com o bebê durante o internamento, entre outras atribuições.