GERAL Sergipe
Governo de Sergipe reforça atenção psicossocial nas escolas com programa Acolher
Política estabelecida em lei sancionada pelo governador Fábio Mitidieri nesta quarta-feira, 19, busca acolher vítimas e prevenir atos de violência no ambiente escolar
19/04/2023 19h55
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

A criação de uma estrutura de prevenção à violência e de acolhimento à comunidade escolar passa pelo envolvimento dos mais diversos atores. Nesse sentido, o Governo de Sergipe vem promovendo um debate amplo e qualificado sobre o tema, visando constituir medidas de precaução e combate a atos e discursos hostis. Este é um dos propósitos do programa Acolher, que intenta levar maior suporte psicossocial à rede pública estadual de ensino.

A proposta busca atender à Política Educacional do Estado de Sergipe, com a realização de ações que contemplem demandas psicológicas e sociais no cotidiano escolar. O intuito é inserir profissionais de Psicologia e Serviço Social nas unidades de ensino, fomentando a construção de valores positivos para o bem-estar de estudantes, professores, servidores e comunidade em seu entorno. Além disso, o programa tem como meta contribuir para o desenvolvimento intelectual e emocional dos alunos.

De acordo com o diretor do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, Daniel Lemos, a existência de diretrizes de acolhimento a vítimas de violência nas escolas se respalda na necessidade de constituir um ambiente de conforto e segurança. “Quando um estudante manifesta algum problema de ordem psicológica, isso mexe com toda a comunidade escolar. A equipe da escola traz uma visão pedagógica, mas a presença de psicólogos e assistentes sociais vai ajudar a direcionar muito melhor o aluno, e isso chega até as famílias. Então, estamos construindo um programa que vai transcender os muros da escola, atendendo toda a população ao redor”, defende.

O estudante Rafael Gama, que cursa o 3º ano do Ensino Médio no Atheneu, acredita que as medidas instituídas pelo Governo de Sergipe já fazem e continuarão fazendo a diferença no dia a dia das escolas. “Enxergo esse tipo de ação do Governo do Estado como de suma importância. Pela questão do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], muitos colegas têm se sentido um pouco pressionados. É uma etapa muito importante na vida, e, por isso, o emocional tende a ficar abalado. Além disso, muitas vezes passamos mais tempo dentro da escola do que em casa, e muitas pessoas não têm apoio familiar. Então, o acompanhamento psicológico ajuda muito para que você saiba o caminho que deseja trilhar”, narra.

Sanção

O debate sobre a saúde mental na comunidade escolar foi o foco durante a solenidade de sanção da Lei do Projeto Acolher, ocorrida nesta quarta-feira, 19. O Projeto de Lei (PL) 111/2023, de autoria do Poder Executivo, foi aprovado na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) no dia 12 de abril.

O programa Acolher é regido pela Lei Federal nº 13.935/2019, e contempla as normativas para atuação nas áreas de Psicologia e de Serviço Social. Por intermédio do programa, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) equipará cada Diretoria de Educação com uma equipe multidisciplinar de apoio psicossocial, composta por psicólogos e assistentes sociais. O foco do trabalho será a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem em todas as escolas da rede pública estadual de ensino. Para tanto, está prevista a contratação de 95 profissionais, por meio de Processo Seletivo Simplificado.

De acordo com o governador Fábio Mitidieri, a sanção demonstra o propósito da gestão de fomentar o desenvolvimento de uma cultura de atenção emocional e social nas unidades de ensino. “Queremos que a escola seja um lugar de acolhimento, de segurança, e um porto seguro para os pais. Vamos acompanhar e monitorar esses jovens, e a intenção é que a gente possa debater junto com toda a sociedade civil, com o Legislativo, com os prefeitos e secretários municipais da Educação, para encontrar soluções. Temos que analisar a comunidade como um todo, e fazer uma reflexão maior sobre como cuidar melhor das nossas crianças, dos nossos filhos”, afirma o governador.

Para o vice-governador e titular da Seduc, Zezinho Sobral, a nova lei representa uma somação de esforços em prol do fortalecimento de uma atmosfera acolhedora nas escolas. “Queremos reforçar o tema da saúde mental dentro da escola sergipana, e isso trará grandes benefícios. Existe a possibilidade de você orientar na formação vocacional do aluno, de definir conflitos, de atuar em relação ao bullying e ao comportamento das crianças... Também podemos pensar sobre condições específicas de relacionamento e formas de abordagem para alunos com deficiência. Ou seja, é uma infinidade de ações que podem efetivamente ser melhoradas com a presença dos profissionais de Psicologia e Serviço Social na escola”, ressalta.

Cooperação

Construir um ambiente saudável e acolhedor dentro da escola começa pelo engajamento das instituições e da sociedade do lado de fora. O secretário de Educação de Aracaju e vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (DME/SE), Ricardo Abreu, salienta a necessidade de cooperação entre os municípios e o Governo do Estado. “Existe muita nobreza no que nos une hoje, que é o pontapé do estado para uma demanda que envolve a saúde mental em nossas escolas. É importante que não só os pais e professores contribuam para os projetos pedagógicos, mas também a sociedade em geral”, motiva.

O diretor geral da Guarda Municipal de Aracaju, inspetor Fernando Mendonça, considera que o papel dos profissionais de segurança não deve ser apenas o de coibir atos de violência. “Estamos coadunados com as forças do Estado, atuando diariamente e intensificando a parte preventiva da ação policial. Fazemos a orientação nas escolas, de forma lúdica, e estamos alertas para apurar eventuais denúncias. O objetivo é uma cultura da paz, que traga tranquilidade, principalmente para que as pessoas saibam o que fazer em momentos de emergência”, enfatiza.

O despertar para a tolerância deve ser uma medida adotada no enfrentamento a situações e narrativas de violência no ambiente escolar. Esta é a visão da presidente da Comissão da Infância, Adolescência e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), Taísa Ribeiro, que também integra o Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente.

“É necessário um trabalho voltado à eliminação das políticas de ódio e de aversão às diferenças. A escola é um ambiente de formação, no qual crianças e jovens deveriam se sentir seguros. Portanto, a gente espera que todo o debate que o Governo de Sergipe insere hoje gere resultados efetivos”, lista Taísa.

O secretário de Educação de Monte Alegre, José Cleuso de Freitas, frisa que o lançamento do programa Acolher deverá possibilitar que variados agentes estejam alinhados em um só intuito. “Tenho certeza de que, depois desse programa implantado, a rede vai funcionar da melhor forma possível. Professores, alunos, prefeituras, Estado e famílias, todos articulados, funcionando como engrenagens”, finaliza.

Governo de Sergipe reforça atenção psicossocial nas escolas com programa Acolher
GERAL Sergipe
Governo de Sergipe reforça atenção psicossocial nas escolas com programa Acolher
Política estabelecida em lei sancionada pelo governador Fábio Mitidieri nesta quarta-feira, 19, busca acolher vítimas e prevenir atos de violência no ambiente escolar
19/04/2023 19h55
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

A criação de uma estrutura de prevenção à violência e de acolhimento à comunidade escolar passa pelo envolvimento dos mais diversos atores. Nesse sentido, o Governo de Sergipe vem promovendo um debate amplo e qualificado sobre o tema, visando constituir medidas de precaução e combate a atos e discursos hostis. Este é um dos propósitos do programa Acolher, que intenta levar maior suporte psicossocial à rede pública estadual de ensino.

A proposta busca atender à Política Educacional do Estado de Sergipe, com a realização de ações que contemplem demandas psicológicas e sociais no cotidiano escolar. O intuito é inserir profissionais de Psicologia e Serviço Social nas unidades de ensino, fomentando a construção de valores positivos para o bem-estar de estudantes, professores, servidores e comunidade em seu entorno. Além disso, o programa tem como meta contribuir para o desenvolvimento intelectual e emocional dos alunos.

De acordo com o diretor do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, Daniel Lemos, a existência de diretrizes de acolhimento a vítimas de violência nas escolas se respalda na necessidade de constituir um ambiente de conforto e segurança. “Quando um estudante manifesta algum problema de ordem psicológica, isso mexe com toda a comunidade escolar. A equipe da escola traz uma visão pedagógica, mas a presença de psicólogos e assistentes sociais vai ajudar a direcionar muito melhor o aluno, e isso chega até as famílias. Então, estamos construindo um programa que vai transcender os muros da escola, atendendo toda a população ao redor”, defende.

O estudante Rafael Gama, que cursa o 3º ano do Ensino Médio no Atheneu, acredita que as medidas instituídas pelo Governo de Sergipe já fazem e continuarão fazendo a diferença no dia a dia das escolas. “Enxergo esse tipo de ação do Governo do Estado como de suma importância. Pela questão do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], muitos colegas têm se sentido um pouco pressionados. É uma etapa muito importante na vida, e, por isso, o emocional tende a ficar abalado. Além disso, muitas vezes passamos mais tempo dentro da escola do que em casa, e muitas pessoas não têm apoio familiar. Então, o acompanhamento psicológico ajuda muito para que você saiba o caminho que deseja trilhar”, narra.

Sanção

O debate sobre a saúde mental na comunidade escolar foi o foco durante a solenidade de sanção da Lei do Projeto Acolher, ocorrida nesta quarta-feira, 19. O Projeto de Lei (PL) 111/2023, de autoria do Poder Executivo, foi aprovado na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) no dia 12 de abril.

O programa Acolher é regido pela Lei Federal nº 13.935/2019, e contempla as normativas para atuação nas áreas de Psicologia e de Serviço Social. Por intermédio do programa, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) equipará cada Diretoria de Educação com uma equipe multidisciplinar de apoio psicossocial, composta por psicólogos e assistentes sociais. O foco do trabalho será a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem em todas as escolas da rede pública estadual de ensino. Para tanto, está prevista a contratação de 95 profissionais, por meio de Processo Seletivo Simplificado.

De acordo com o governador Fábio Mitidieri, a sanção demonstra o propósito da gestão de fomentar o desenvolvimento de uma cultura de atenção emocional e social nas unidades de ensino. “Queremos que a escola seja um lugar de acolhimento, de segurança, e um porto seguro para os pais. Vamos acompanhar e monitorar esses jovens, e a intenção é que a gente possa debater junto com toda a sociedade civil, com o Legislativo, com os prefeitos e secretários municipais da Educação, para encontrar soluções. Temos que analisar a comunidade como um todo, e fazer uma reflexão maior sobre como cuidar melhor das nossas crianças, dos nossos filhos”, afirma o governador.

Para o vice-governador e titular da Seduc, Zezinho Sobral, a nova lei representa uma somação de esforços em prol do fortalecimento de uma atmosfera acolhedora nas escolas. “Queremos reforçar o tema da saúde mental dentro da escola sergipana, e isso trará grandes benefícios. Existe a possibilidade de você orientar na formação vocacional do aluno, de definir conflitos, de atuar em relação ao bullying e ao comportamento das crianças... Também podemos pensar sobre condições específicas de relacionamento e formas de abordagem para alunos com deficiência. Ou seja, é uma infinidade de ações que podem efetivamente ser melhoradas com a presença dos profissionais de Psicologia e Serviço Social na escola”, ressalta.

Cooperação

Construir um ambiente saudável e acolhedor dentro da escola começa pelo engajamento das instituições e da sociedade do lado de fora. O secretário de Educação de Aracaju e vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (DME/SE), Ricardo Abreu, salienta a necessidade de cooperação entre os municípios e o Governo do Estado. “Existe muita nobreza no que nos une hoje, que é o pontapé do estado para uma demanda que envolve a saúde mental em nossas escolas. É importante que não só os pais e professores contribuam para os projetos pedagógicos, mas também a sociedade em geral”, motiva.

O diretor geral da Guarda Municipal de Aracaju, inspetor Fernando Mendonça, considera que o papel dos profissionais de segurança não deve ser apenas o de coibir atos de violência. “Estamos coadunados com as forças do Estado, atuando diariamente e intensificando a parte preventiva da ação policial. Fazemos a orientação nas escolas, de forma lúdica, e estamos alertas para apurar eventuais denúncias. O objetivo é uma cultura da paz, que traga tranquilidade, principalmente para que as pessoas saibam o que fazer em momentos de emergência”, enfatiza.

O despertar para a tolerância deve ser uma medida adotada no enfrentamento a situações e narrativas de violência no ambiente escolar. Esta é a visão da presidente da Comissão da Infância, Adolescência e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), Taísa Ribeiro, que também integra o Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente.

“É necessário um trabalho voltado à eliminação das políticas de ódio e de aversão às diferenças. A escola é um ambiente de formação, no qual crianças e jovens deveriam se sentir seguros. Portanto, a gente espera que todo o debate que o Governo de Sergipe insere hoje gere resultados efetivos”, lista Taísa.

O secretário de Educação de Monte Alegre, José Cleuso de Freitas, frisa que o lançamento do programa Acolher deverá possibilitar que variados agentes estejam alinhados em um só intuito. “Tenho certeza de que, depois desse programa implantado, a rede vai funcionar da melhor forma possível. Professores, alunos, prefeituras, Estado e famílias, todos articulados, funcionando como engrenagens”, finaliza.