Fale Conosco
Por linkdosite
Quarta, 09 de Outubro de 2024
17°C 25°C
São Paulo, SP
Publicidade

No DF, ato político-cultural marca Dia dos Trabalhadores

Tema foi Emprego, Direitos, Renda e Democracia

01/05/2023 às 18h05
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
Compartilhe:
© Foto José Cruz/ Agência Brasil.
© Foto José Cruz/ Agência Brasil.

Centenas de trabalhadores se mobilizaram, neste feriado de 1º de maio, em dois pontos do Distrito Federal para celebrar o Dia Internacional do Trabalho: no Eixão da Asa Norte, que corta o Plano Piloto, em Brasília; e na praça da Feira Central da Ceilândia, a cidade mais populosa do Distrito Federal, localizada a 30 km do centro da capital federal.  

Na Ceilândia, a Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) organizou um ato político-cultural com o temaEmprego, Direitos, Renda e Democracia.

Os manifestantes de diferentes idades empunharam bandeiras e vestiram camisetas de movimentos sociais, partidos políticos e em defesa da democracia brasileira. Já os líderes sindicais se revezaram nos microfones para dialogar com os trabalhadores e protestar, durante a manhã, nos intervalos das apresentações artísticas de forró e de rap.

Conquistas e lutas 

O presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, apontou que, no primeiro quadrimestre deste ano, já houve conquistas trabalhistas como o aumento do salário mínimo e com a elevação da faixa de isenção de Imposto de Renda , dos atuais R$ 1.903 para R$ 2.640 mensais. No entanto, o presidente da CUT-DF defendeu que 1º de maio é dia de luta. “Vamos seguir. Temos que fazer a regularização do trabalho por aplicativo, temos que incluir vários trabalhadores do sistema previdenciário. Nós temos que retomar a valorização do serviço público, nesse nosso país. E este 1º de maio é um dia que demarca todas essas lutas”. 

Além dos trabalhadores da ativa, o ato contou com a presença de aposentados como Orlando Ribeiro de Sousa, do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Orlando disse que estava viajando e retornou para ir à mobilização. “Ultimamente, está muito difícil. Estamos perdendo muitos direitos, inclusive, estão sendo roubados. Então, a classe trabalhadora precisa se organizar para recuperar suas perdas”. 

Outro aposentado, Aristides Neves da Silva, que trabalhou mais de 40 anos no Ministério da Saúde, em Brasília, não esqueceu a atividade sindical nos feriados de 1º de maio e falou em resistência. “Eu vim comemorar o 1º de maio, junto aos trabalhadores, já que é um dever dos sindicalistas defender a classe e participar de tudo aquilo que é em prol dos trabalhadores”.  Apesar de considerar que o benefício mensal dele está defasado, Aristides está otimista com a mudança do cenário político do país, principalmente, após a concessão do reajuste de 9% aos servidores públicos do poder Executivo Federal.

No ato, o Movimento Brasil Popular (MBP) também se somou a outras organizações de trabalhadores e pediu a reconstrução nacional e união da sociedade contra diversas violências e em defesa dos direitos de trabalhadores, como os previdenciários, conforme dito pelo militante do MBP Nonato Nascimento. “Há uma grande precarização do mundo do trabalho, principalmente com relação à juventude negra e das periferias das cidades.” Nonato também defendeu a aliança de trabalhadores do campo e das cidades. “O movimento faz a defesa da reforma agrária popular, do movimento da via campesina, com os movimentos dos povos de comunidades tradicionais, na defesa da demarcação dos territórios indígenas e quilombolas”. 

Profissionais da educação 

Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Os professores representaram a classe trabalhadora mais numerosa no ato da Ceilândia. Com inúmeros cartazes, faixas e camisetas, os profissionais da educação aproveitaram a mobilização para convocar a categoria para aderir à greve dos no Distrito Federal, a partir de quinta-feira (4).

O diretor de administrativo do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), Julio Barros, reivindicou a valorização dos educadores e o fim da precariedade do ambiente de trabalho. “Primeiramente, precisamos de condições de trabalho dignas, sem a superlotação das salas de aula. Outra questão muito importante é a segurança nas escolas. Segurança na escola não significa militarizar as instituições. E para além das condições de trabalho, eu destaco a valorização dos profissionais do magistério que estão com seus salários há 8 anos sem reajuste", disse. 

Estudantes

Os professores contaram com o apoio de estudantes representados pelo vice-presidente da União dos Estudantes Secundaristas do DF, Lucas Cruz, que defendeu o fortalecimento da negociação coletiva dos trabalhadores da educação pública no Distrito Federal. No palco do ato político, ele cobrou condições de trabalho justas e dignas aos trabalhadores jovens. “A gente precisa refletir nesse 1º de maio sobre a juventude trabalhadora, aquela, entre outros jovens, que está entregando comida pelos aplicativos. Essa juventude, hoje, não tem direitos”. O estudante Lucas ainda condenou as mudanças propostas pelo Novo Ensino Médio com a pretensão de colocar o jovem no mercado de trabalho. “O Novo Ensino Médio é um ataque à nossa juventude. Eles [governantes] precisam entender que a juventude tem sonhos e que a escola precisa abranger todos os sonhos dessa juventude”. 

Mulheres mobilizadas 

Movimentos feministas também marcaram presença no ato. A professora do ensino superior privado e militante de um partido político no Distrito Federal, Lêda Freitas, pediu união e organização dos trabalhadores para defender uma vida mais digna e melhores condições de trabalho. “Queremos que classe trabalhadora se organize muito mais. Temos uma longa luta. Vivemos uma era de capitalismo, neoliberal, rentista [que vive de rendas], com muita exploração, muita precarização da mão de obra. E nós da classe que vive do trabalho, precisamos de mais união, mais mobilização para enfrentar essa lógica que tira nossos direitos”. 

Em um dosstandsmontados na praça da Ceilândia, o da Marcha das Margaridas, movimento organizado que mobilizará trabalhadoras rurais de todas as regiões do país, outras mulheres vestidas de lilás defenderam as trabalhadoras do campo e da floresta. A servidora pública Ana Paula Cusinato enumerou violações de direitos. “Nós, mulheres do campo e das cidades, passamos seis anos com retrocessos na aposentadoria, na assistência, como um todo, saúde, cuidados, entre outros. E também, houve a liberação e o aumento do uso de agrotóxicos que matam ou deixam doentes trabalhadoras e trabalhadores rurais. Há, ainda, questões da agricultura familiar que foram sucateadas no governo passado. Temos, agora, a esperança de recompor os direitos que foram conquistados ao longo de muitos anos de luta". A 7ª Marcha das Margaridas ocorrerá nos dias 15 e 16 de agosto, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com a previsão de reunir milhares de mulheres rurais de todo o país. 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Publicidade
Publicidade


 


 

Economia
Dólar
R$ 5,60 -0,02%
Euro
R$ 6,12 0,00%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,75%
Bitcoin
R$ 359,995,55 +0,04%
Ibovespa
129,962,06 pts -1.18%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Anúncio