O Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) está ofertando aos seus beneficiários e dependentes da autarquia um novo serviço, o médico especialista no tratamento de dores crônicas. De acordo com o diretor de Assistência à Saúde, Sylvio Cardoso, duas médicas algologistas (especialista no diagnóstico e tratamento da dor), foram credenciadas ao Instituto, Tatiana Bravo de Oliveira Santos e Ana Beatriz Dória Vigna.
De acordo com Sylvio Cardoso, a Diretoria de Assistência à Saúde (Diras), criou o serviço de dor para acompanhar os pacientes que apresentam quadros de dores crônicas. Ele ressaltou a competência das especialistas, ao informar que uma delas inclusive tem mestrado e doutorado no exterior, sendo uma profissional que tem capacidade técnica fantástica. “São profissionais que têm o registro de especialidades no Conselho Regional de Medicina (CRM), mostrando que estão capacitadas para fazer esse atendimento. Com a chegada delas, ganha o beneficiário e, nós também, ao vermos a satisfação dos pacientes com o atendimento”, afirmou.
Segundo ele, a gestão pretende estruturar cada vez mais o serviço, que está funcionando no ambulatório do Centro de Especialidades do Ipesaúde. “Criamos esse serviço pensando em aumentar a oferta de especialidades para o nosso beneficiário e à medida que o serviço for expandindo aumentaremos o quadro de médicos”, ressaltou.
Atendimento
A médica Ana Beatriz, especialista em Medicina da Dor, realiza o atendimento no Ipesaúde, às terças-feiras, pela manhã. Anestesiologista e especialista em Medicina da Dor, ela explica que a especialidade trata de todas as dores crônicas, ao citar as dores em pacientes oncológicos como câncer de pâncreas, fígado, ovário, reto, próstata, mama, entre outros, e as reumatológicas. “Tratamos da coluna de uma forma geral (a coluna cervical, a torácica, a lombar), a hérnia de disco e a artrose na coluna, que necessitam de atendimento e tratamento, além de algum entorse, onde tenha ocorrido uma síndrome complexa, que também faz parte da dor de alguma doença. E tratamos também a enxaqueca”, citou a especialista.
Conforme a médica, há dois tipos de tratamento da dor, o medicamentoso, com os medicamentos apropriados para cada patologia e o tratamento intervencionista, que são os bloqueios ou infiltrações, os quais 90% são feitos no Centro Cirúrgico.
Ana Beatriz destaca a chegada da especialidade no Ipesaúde como muito importante. “A importância está relacionada à otimização dos pacientes que fazem o tratamento com a Medicina da Dor, porque eles podem a partir de agora vir diretamente para o atendimento médico da especialidade e tratar o mais rápido possível”, disse.
Chegada da especialidade ao Ipesaúde
Ela acrescentou ainda que com a chegada da especialidade vai ser muito melhor para o paciente. “No primeiro dia, atendi seis pacientes com problemas na coluna, dos quais quatro têm indicação de infiltração em centro cirúrgico. Eles já estão otimizando o tratamento deles e é importante tratar rápido. A dor, quanto maior o tempo para buscar o tratamento pior para a recuperação dela. Um tratamento mais agudo, mais apropriado vai tirar o paciente da incapacidade”, revelou.
A especialista acrescentou ainda que “a dor crônica tem que ser tratada continuamente, é igual a quem tem pressão alta, diabetes, tem que estar sempre tratando, porque muitas causas dessa dor não são cirúrgicas, não tem que fazer cirurgia de coluna, nada disso, então é aí que o médico da dor entra, com a rapidez do tratamento”.
Outro detalhe importante citado pela médica é que o tratamento é feito de forma multidisciplinar, com a presença do médico, do fisioterapeuta e algumas vezes do psicólogo. “É preciso fazer um trabalho conjunto, porque o resultado do tratamento é melhor”, enfatiza.
A médica salientou também que a estatística que ela tem é de melhora. Segundo ela, dos pacientes que o médico da dor bloqueia e infiltra, faz o tratamento intervencionista de 70% a 80% apresentam melhora. “Tem uma melhora substancial”, garante.
Ela falou ainda sobre a sua expectativa de trabalho no Instituto e afirmou que é muito grande. “Quero muito que funcione. Me especializei para tirar os pacientes da dor, porque é muito gratificante você fazer o tratamento certo, tudo no seu tempo e o paciente ficar sem dor”, disse.
Paciente satisfeita
A beneficiária Maria José Silva Santos, 69, tem dor crônica na coluna. Há 15 anos, ela fez duas cirurgias de coluna para tratar a lombar. Da segunda vez, realizou uma artrodese, que tem por objetivo estabilizar a coluna e reduzir as dores, através de uma fusão em duas ou mais vértebras da coluna vertebral. Agora, ela sente dor nas colunas cervical e na torácica.
“Estou com um procedimento para fazer porque estou com muita dor, tomando medicação e o ortopedista sugeriu que fosse feita uma aplicação por não ter condições de realizar cirurgia”, explicou.
Ao tomar conhecimento que o Ipesaúde implantou o serviço de Medicina da Dor, ela marcou uma consulta para ser atendida pela médica especialista, Ana Beatriz, objetivando ter uma melhor avaliação da sua patologia. “Vim para ver realmente se eu vou fazer a infiltração ou se serão tomadas outras medidas”, afirmou.
Maria José disse ainda que a chegada da especialidade é muito importante, porque trata diretamente na dor, no problema que ela sente. Após o atendimento da médica ela destacou: “a consulta foi maravilhosa, os beneficiários do Ipesaúde estavam realmente necessitando dessa especialidade”.