A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta, 5, o fim da Emergência de Saúde de Importância Internacional (ESPII) para a Covid-19, ou seja, a doença não representa mais uma preocupação para a Saúde pública internacional. Mas isso não significa que o vírus parou de circular entre os países. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta a população que as medidas de prevenção, como vacinas, devem continuar.

O secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, relembrou a luta dos profissionais de saúde durante a pandemia. “Este anúncio da OMS nos dá um certo alívio, porque significa que estamos no caminho certo no sentido de dar assistência à população em função da pandemia. Devemos relembrar a gravidade dessa doença que matou milhões de pessoas e jamais baixar a guarda. Exaltamos aqui o trabalho dos profissionais da Saúde durante todo esse tempo da pandemia. É importantíssimo que estejamos com o esquema vacinal completo e incorporar na nossa rotina às medidas de prevenção”, destacou o secretário.

O diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Gois, explicou que, após três anos convivendo com o vírus, a população,  mesmo com o decreto, ainda precisa manter os alertas.  “As pessoas precisam entender que o vírus não se extingue com o decreto, ele ainda está  presente em todos os continentes. O coronavírus têm novas mutações, causando doenças mais leves nas pessoas vacinadas. Mas, infelizmente, ainda existem pessoas que precisam se internar ou que ainda morrem por infecção causada pelo vírus da Covid-19. Não nos livramos do vírus porque a Emergência de Saúde Pública Internacional foi dada como finalizada pela OMS, o vírus ainda circula e as medidas de controle que temos hoje são as vacinas e as medidas de restrição”, alertou o infectologista Marco Aurélio.

Pela avaliação da OMS, a doença matou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que pode ser ainda mais alto. Mais de três anos depois da declaração da emergência, o vírus da Covid-19 contaminou aproximadamente 764 milhões de pessoas mundialmente. De acordo com as mais recentes estimativas globais, cerca de 5 bilhões de pessoas foram imunizadas com pelo menos uma dose da vacina.