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Por linkdosite
A distribuição de sementes de feijão e milho, benefício que era concedido pela Prefeitura de Feira de Santana aos pequenos agricultores do município, este ano será substituída por outros investimentos voltados à agricultura familiar. A medida da Secretaria de Agricultura foi definida após diálogo com os moradores da zona rural, associações e orientação de técnicos que avaliaram a produção agrícola na região.
“A formação do banco de sementes pela SEAGRI demonstrou ser desnecessária, por conta do empobrecimento do solo ao usar sementes de outras regiões do Brasil que não são adaptadas ao nosso solo, como as sementes crioulas dos próprios produtores locais. Isso foi constatado pelos agricultores em diversas oportunidades”, informa o secretário de Agricultura, Pedro Américo.
A iniciativa foi colocada em prática desde o ano passado, quando foi realizada a distribuição de sementes. Os técnicos da SEAGRI orientaram cada uma das 126 associações acerca de que as comunidades deveriam, através das entidades, construir seu próprio banco de sementes, logo, a responsabilidade no ano de 2023 - conforme informado previamente aos presidentes e aos sindicatos - é dos agricultores e das associações.
Além da falta de adaptação das sementes, outros fatores também fizeram com que a distribuição fosse suspensa. “Outro ponto importante, foi o relatório de plantio que as associações deveriam ter enviado à secretaria para comprovar o uso, distribuição e plantio no ano passado. Entretanto, a maioria das associações não comprovaram o uso adequado das sementes de milho e feijão, demonstrando quem plantou, quantas tarefas de terra plantou e como foi a lavoura de cada agricultor que assinou a lista de retirada dos grãos”, disse o secretário.
O terceiro e mais importante ponto é o pequeno custo que as sementes têm, em comparação a outros custos de produção para quem planta. “O recurso antes empregado para distribuir - indiscriminadamente - sementes que não tiveram comprovação de uso foi aplicado neste ano para processos de análise e recuperação de solo, cursos de qualificação profissional para melhorar a renda das famílias, compra de novos tratores para aragem e gradagem de terra, editais que vão disponibilizar recursos direto nas associações que queiram investir em geração de renda nas comunidades, processo novo de limpeza e recuperação de aguadas na zona rural, entre outras melhorias que foram planejadas nesse novo momento da Secretaria de Agricultura”, conta Pedro Américo.
ORÇAMENTO
O secretário Pedro Américo observou que o orçamento da Secretaria só foi liberado em fevereiro de 2023 e que muitos processos aguardam licitações. No entanto, ele garantiu que já é na história o maior planejamento realizado para a zona rural e que as licitações já estão em fases adiantadas.
