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Por linkdosite
O que é necessário fazer para que a cidade tenha um trânsito seguro e sustentável? Para responder a essa pergunta, a Prefeitura realizou, na noite desta terça-feira (16), no auditório do Lúcia Dórea (Cemae), como parte da programação do Maio Amarelo, o Simpósio “Mobilidade Urbana x Mobilidade Humana – Conscientização sobre os diferentes modais e seus impactos no trânsito”.
Segundo o coordenador municipal de Trânsito, Tiago Barros, o tema foi escolhido para fomentar a mobilidade urbana sob o ponto de vista das chamadas “ruas completas”. Ou seja, ruas projetadas para proporcionar segurança e conforto a todos os usuários dessas vias, independentemente do modo de transporte. “É um modelo necessário, pensado para todos os atores do trânsito”, realçou Tiago.
Daí que não havia público melhor para ser sensibilizado do que os estudantes universitários de diferentes cursos, como Psicologia e Direito, presentes no auditório, ao lado de secretários municipais, motoristas e autoridades de trânsito. “Queremos fomentar entre os estudantes de nível superior a temática trânsito, de acordo com cada curso, e despertar neles reflexões para que contribuam com soluções e mudanças nos problemas postos”, enfatizou Tiago.
Estudante do 5º semestre do curso de Psicologia da Fainor, Datiane Gama comentou que discussões como a desta noite contribuem, sobretudo, para a sensibilização da sociedade. “Temos de pensar o trânsito não apenas com relação aos motoristas, mas a todos os atores, bem como é necessário que eles conheçam o que de fato deve ser observado no trânsito até pelos altos índices de acidentes na cidade”, assegurou.
Ainda no tocante à sensibilização, quando o assunto é relacionar as mobilidades urbana e humana, a presidente da Associação Conquistense de Integração ao Deficiente (Acide), Caroline Quaresma é enfática: “é preciso ter mais empatia. É preciso pensar, por exemplo, que a acessibilidade nesse processo é um trabalho de ‘formiguinha’. Mas é fundamental que todos, fora qualquer olhar capacitista, tenham consciência e sensibilidade sobre as questões das pessoas com deficiência”.
Ciclista há quase três décadas, José Américo concorda que a palavra-chave para a construção de um trânsito mais seguro é conscientização. “Já perdi alguns amigos e vi muitos acidentes. E a Prefeitura conscientizar a população é extremamente importante porque a gente sabe que o respeito é a base de tudo. Acredito que a conscientização é o caminho, porque todos nós usamos as vias para ir e vir e, sobretudo, o respeito à vida”, disse.
Também contribuíram para o debate, a arquiteta e urbanista da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Débora Rocha, que assegurou que um trânsito seguro e sustentável impacta diretamente na saúde e qualidade de vida das pessoas; a gerente regional do Sest/Senat, Petruska Barreto, e o inspetor-chefe do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Raoni Correia.
