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Secretaria da Saúde chama atenção para a prevenção e controle da hipertensão

A hipertensão arterial popularmente conhecida como pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea

17/05/2023 às 10h20
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe
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Com o objetivo de alertar a população sobre os cuidados e de como prevenir a hipertensão, nesta quarta-feira, 17, é comemorado o Dia Mundial da Hipertensão. A doença é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, especialmente doença coronariana e acidente vascular cerebral. Em Sergipe, entre 01 de abril de 2022 e 30 de abril de 2023, foram contabilizados 718.339 atendimentos com motivo de hipertensão.   

A hipertensão arterial popularmente conhecida como pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea considerada silenciosa podendo acometer o coração, cérebro, olhos, rins, sendo o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. 

De acordo com o cardiologista do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Renato Mesquita, a hipertensão arterial não tem uma causa definida. Segundo ele, alguns dos fatores estão associados à predisposição genética, como pais hipertensos. Já outros, estão ligados às questões envolvendo hábitos de vida, como má-alimentação, cigarro e álcool.  

“Existe um conjunto de fatores que vão levar o paciente a ficar hipertenso. A predisposição genética é um deles. Em uma determinada quantidade dos casos, a hipertensão pode ser parte de uma outra doença, ou seja, existem doenças que são bastante incomuns, algumas até extremamente raras que podem ter na hipertensão um dos seus sintomas e sinais.  Com relação aos hábitos, aquele que come desregradamente, que é obeso, que fuma, sedentário, que consome álcool além da conta, todos esses pacientes, com esses fatores associados podem levar o ser humano a ficar hipertenso” explicou.  

O médico também afastou o mito de que dor de cabeça e a pressão alta estão sempre associados. Segundo ele, do ponto de vista clínico baseado em estudos sobre o tema, não existe nenhum sinal que indique que a pressão sobe por conta da cefaleia (dor de cabeça).   

“Hipertensão arterial sistêmica, como a gente conhece a hipertensão, ela é uma doença que na enorme maioria dos casos não apresenta sintomas. Existe uma crença popular entre cefaleia e a hipertensão.  Apesar de ser muito comum essa queixa, o que acontece na enorme maioria dos casos é o contrário. O paciente acaba tendo a pressão alta, dor de cabeça e acaba afirmando que a pressão sobe por causa da cefaleia, associando a cefaleia à hipertensão. Mas, do ponto de vista de estudos, não existe nenhum sinal que seja associado de maneira direta a hipertensão”, disse. 

A hipertensão ocorre quando a medida da pressão se mantém frequente a partir de 140/90 mmHg. Por isso, é preciso ficar atento aos principais fatores de risco. Em caso de suspeita, a pessoa deve se dirigir até uma Unidade Básica de Saúde, para realizar o diagnóstico feito por meio da aferição da pressão. É importante ressaltar ainda que a pressão alta não tem cura, mas possui tratamento. 

No Huse, os pacientes diagnosticados com pressão alta são atendidos na urgência, passam por uma avaliação médica, são medicados e recebem alta. A dona de casa Maria de Jesus Filho, 41, é uma das pacientes que precisaram de suporte hospitalar. Ela diz ter tido algumas crises de falta de ar e correu ao hospital.  

“Comecei a sentir um pouco de falta de ar, fiquei preocupada e pedi para minha sobrinha me levar ao hospital. Vou fazer agora uma nova bateria de exames e começar cuidar melhor da pressão”, relatou a paciente.  

De acordo com a referência técnica de Diabetes e Hipertensão da SES, Eline Rocha, há medidas recomendadas para controle e prevenção da doença. “A alimentação adequada, a prática de atividade física, um sono de qualidade, a redução da quantidade de sódio e bebidas alcoólicas sempre será importante para a prevenção da hipertensão. Mas, somente o médico poderá determinar o melhor tratamento para que possa ser avaliado a melhor medicação associada à mudança de estilo de vida”, destacou.

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