O projeto denominado “Mães Arteiras” desenvolvido pela psicóloga do Huse, Carmen Cecília, tem como objetivo estimular mães de crianças internadas ao artesanato, com foco no processo de elaboração e enfrentamento da situação que elas vivenciam com os filhos enfermos. O projeto é desenvolvido na UTI Pediátrica do hospital e, inicialmente, ocorre uma vez por mês.
Para a psicóloga, além do aprendizado, a interação com os objetos artesanais proporciona momentos de relaxamento e alegria. “Eu trouxe um pequeno cachepô de madeira, madeira crua com tintas, pincéis, tecidos, cola e daí as mães vão expressando de forma artística os seus sentimentos. Isso favorece muito na elaboração daquilo que elas estão vivenciando e no enfrentamento dessa situação difícil que cada uma está passando. É um momento muito relaxante, é um momento de lazer”, explicou.
Há 17 anos no Huse, a psicóloga contou que sempre buscou envolver seus pacientes em atividades lúdicas. Carmem trabalhava com crianças na enfermaria da unidade, e, atualmente, está engajada neste projeto que atende 10 mães.
Acompanhando seu filho na UTI pediátrica, a autônoma Sicleide dos Santos Melo, disse que esse tipo de ação fez com que ela se sentisse mais leve e mais tranquila para lidar com toda a situação. “Me senti acolhida, pois é algo maravilhoso e que estávamos precisando muito, porque a gente vive um momento de muita atenção aqui no hospital. É um momento de leveza, de reflexão, de cuidado com a gente e deles estarem cuidando da gente também. Isso deixa a gente bem tranquila”, afirmou.
De acordo com Sicleide, ações dessa natureza dentro do Huse são muito importantes. A mãe aproveitou para elogiar o atendimento que o filho tem recebido na Unidade Hospitalar. “Meu filho está tendo os cuidados que ele realmente precisa. Não só meu filho, como eu também”, disse.
Com a bebê recém-nascida internada, Bianca Silva Batista, elogiou o trabalho desenvolvido pelo serviço de psicologia. Para ela, o projeto “Mães Arteiras” ajuda a afastar a tensão do momento vivido dentro do hospital. “O projeto é incrível, porque a gente se sente acolhida. É uma terapia que faz quebrar um pouco o clima tenso do ambiente e a gente se sente muito especial, se diverte bastante e tira aquela tensão. É uma coisa maravilhosa”, elogiou.