A Bahia vem se destacando nos últimos anos como um dos estados mais violentos da federação. Os altos índices de violência tem assustado aos baianos e baianas. São assaltos a bancos, tráfico de drogas, líderes de facções dando as ordens de dentro dos presídios, homicídios acontecendo qualquer hora em qualquer lugar, enfim. Ou seja, enquanto o estado ocupa os últimos lugares no ranking nacional da educação, no ranking da violência ocupa o topo, à frente de São Paulo, como exemplo.
Sempre que são questionados sobre os números da violência na Bahia, as cúpulas do Palácio de Ondina e do Centro Administrativo da Bahia (CAB), leia-se o pessoal da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), fazem questão de ressaltar os investimentos em compra de viaturas além de contratação de pessoal através de concurso público, são exemplos citados.
Na teoria tudo é bonito, porém, na prática, a situação é completamente diferente. Basta lembrar que em alguns municípios baianos existem apenas dois policiais militares por plantão, situação humanamente impossível se o propósito for oferecer segurança pública e combater o crime.
Talvez por isso o crime organizado quando chega nessas cidades "decreta estado de sítio" e passam a ditar as ordens e espalhar terror. Enquanto alguns municípios baianos têm apenas dois PMs para proteger a população, o senhor vice-governador, Geraldo Júnior (MDB), tem à sua disposição cerca de 40 polícias para fazer sua total segurança, quiçá, até para proteger o seu sorriso largo.
Não se está dizendo aqui que isso é uma ilegalidade. Não. Tampouco que é inconstitucional. Não. Não é crime o vice-governador da Bahia ter à sua disposição polícias que fazem sua segurança. No entanto, enquanto ele [Geraldo Júnior], tem todo esse staff a população baiana que paga os altos salários, seja de Geraldo Júnior ou mesmo de alguns poucos policiais, o restante dos baianos e baianas, vivem na total insegurança.