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Embora aguardado há muito tempo, anúncio da OMS sobre fim da emergência da covid-19 não pode mascarar efeitos sociais e econômicos que vão durar anos.

Mais impactado pela crise da pandemia, o setor de eventos de cultura, turismo e entretenimento é um exemplo.

20/05/2023 às 18h59
Por: Carlos Nascimento Fonte: ABRAPE
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Embora aguardado há muito tempo, anúncio da OMS sobre fim da emergência da covid-19 não pode mascarar efeitos sociais e econômicos que vão durar anos.

As empresas ainda estão equacionando as perdas e ainda sofrem com a escassez de mão de obra, reflexos do período de crise, frisa o presidente da entidade, o empresário Doreni Caramori Júnior

O anúncio feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), mantendo, porém, o status de pandemia deve ser avaliado com cautela, na avaliação da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE. “É uma excelente notícia que, no entanto, não deve mudar a percepção de que os impactos econômicos e sociais do longo período de paralisação ainda vão perdurar por anos e merecem uma atenção especial”, salienta o empresário e presidente da entidade, Doreni Caramori Júnior.

Mais impactado pela crise da pandemia, o setor de eventos de cultura, turismo e entretenimento é um exemplo. O Radar Econômico, levantamento periódico realizado pela ABRAPE, com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência e IBGE,  vem apontando uma evolução do segmento, mas ainda registra instabilidades. Uma comparação do desempenho de geração de empregos nos  primeiros trimestres nos últimos anos revelou que os resultados foram: 1º trimestre de 2021 (1.547 empregos), 1º trimestre de 2022  (55.639 empregos) e 1º trimestre de 2023 (43.747 empregos).

“A queda em comparação com 2022 reforça que as políticas de proteção e apoio precisam continuar, para que se consolide o processo de resgate do segmento. As empresas ainda estão equacionando as perdas e ainda sofrem com a escassez de mão de obra, reflexos do período de crise”, frisa Doreni. Ele se refere ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), o único programa do Governo Federal direcionado para um setor da economia criado durante a pandemia e que engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186).

O PERSE abrange cinco pontos importantes para o segmento: refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou Medida Provisória que garantiu a isenção de tributos para empresas do segmento de cultura, turismo e entretenimento no âmbito do programa. A matéria está, agora, nas mãos do Senado.

“Vamos apresentar aos senadores, detalhadamente, todos estes números e benefícios do PERSE, como fizemos na Câmara dos Deputados. Não há motivos para o cenário mudar”, conclui Doreni Caramori Júnior.

Sobre a ABRAPE

Criada em 1992 com o propósito de promover o desenvolvimento e a valorização das empresas produtoras e promotoras de eventos culturais e de entretenimento no Brasil, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE tem, atualmente, mais de 750 associados, sediados em todos os Estados da Federação, que são verdadeiros expoentes nacionais na oferta de empregos diretos e indiretos e na geração de renda, movimentando bilhões de reais anualmente. A entidade congrega as principais lideranças regionais e nacionais do segmento, tem no portfólio de associados empresas como a Live Nation, Opus Entretenimento, T4F e mega eventos, como o Festival de Verão de Salvador e a Festa do Peão de Boiadeiros de Barretos.

Assessoria de Imprensa - ABRAPE

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