GERAL DISCURSO INDIGNADO
Procuradora reclama de salário de R$ 37,5 mil: “DINHEIRO SÓ PARA VAIDADES”
No mês de março, o MP de Goiás pagou R$ 58,4 mil líquidos a Carla Fleury de Souza. Valor resultante de um rendimento bruto de R$ 75,5 mil, que continha R$ 29,1 mil de “verbas indenizatórias”.
04/06/2023 15h49 Atualizada há 1 ano
Por: Carlos Nascimento Fonte: Uol

Carla Fleury Souza diz ter dó dos R$32,2 mil de colegas que iniciam carreira, a Procuradora de Justiça do Ministério Público de Goiás (MPGO), Carla Fleury de Souza, fez um discurso indignado na sessão do Conselho de Procuradores de Justiça da última segunda-feira (29/05), reclamando que seu salário de R$ 37,5 mil seria suficiente apenas para ela “fazer suas vaidades”. Somente neste ano, até abril, a remuneração bruta média da procuradora foi de R$ 59.5 mil mensais, com rendimento líquido médio de R$ 44,6 mil por mês.

A fala foi feita no contexto do confronto a críticas da imprensa e de um parlamentar ao pleito de integrantes do MP de Goiás para evitar desvalorização salarial. E Carla Fleury de Souza pediu que os demais integrantes da cúpula do MP de Goiás refletissem sobre a situação salarial de promotores que iniciam a carreira, cuja remuneração para entrância inicial é de R$ 32,2 mil brutos, segundo o portal da transparência do órgão ministerial goiano.

“Pensemos nos promotores. Eu sou uma mulher. Graça a Deus meu marido é independente, porque eu não mantenho minha casa. O meu dinheiro é só para mim [sic] fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos”, protestou a procuradora, demonstrando constrangimento e revolta.

Carla Fleury de Souza lembrou ainda de sua criação “com sacrífícios”, como filha de Promotor de Justiça, citando que seu pai se aposentou para advogar e poder pagar sua escola.

Hoje, a procuradora acumula o recebimento de R$ 178,4 mil em rendimentos líquidos, somente em 2023, até o mês de abril. Neste mesmo período, foram R$ 238,2 mil em rendimentos brutos. No mês de março, o MP de Goiás pagou R$ 58,4 mil líquidos a Carla Fleury de Souza. Valor resultante de um rendimento bruto de R$ 75,5 mil, que continha R$ 29,1 mil de “verbas indenizatórias”.

O que aconteceu:

A procuradora disse que "graças a Deus, o marido é independente" durante sessão na última segunda-feira (29).

Eu não mantenho a minha casa. O meu dinheiro é só para eu fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos."

A mulher continuou dizendo ter "dó" dos promotores que estão iniciando a carreira e têm filhos na escola "porque hoje o custo de vida é muito caro".

Souza ainda pediu desculpas por ter "se exaltado", mas a declaração foi "de coração" e "quem fala de coração, fala a verdade".

A procuradora tem uma remuneração do cargo efetivo de R$ 37.589,96, segundo o portal da transparência do MP-GO em consulta feita pela reportagem.

Antes, a procuradora disse que é filha de um promotor e foi criada com "sacrifícios". Ela comentou que o pai se aposentou do MP para advogar e poder pagar a escola dela.

Souza ingressou no MP-GO em 1992, segundo uma publicação da instituição no ano passado. Ela atuou nas promotorias de Mozarlândia (1992), Uruana (1992), Itapuranga (1992 a 1993), Inhumas (1993 a 2011) e Goiânia (2011 a 2022).

 

Ao UOL, o MP-GO disse que "trata-se de declaração de cunho pessoal, que não representa o pensamento da instituição".

CONFIRA FALA DA PROMOTORA

Procuradora reclama de salário de R$ 37,5 mil: “DINHEIRO SÓ PARA VAIDADES”
GERAL DISCURSO INDIGNADO
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No mês de março, o MP de Goiás pagou R$ 58,4 mil líquidos a Carla Fleury de Souza. Valor resultante de um rendimento bruto de R$ 75,5 mil, que continha R$ 29,1 mil de “verbas indenizatórias”.
04/06/2023 15h49 Atualizada há 1 ano
Por: Carlos Nascimento Fonte: Uol

Carla Fleury Souza diz ter dó dos R$32,2 mil de colegas que iniciam carreira, a Procuradora de Justiça do Ministério Público de Goiás (MPGO), Carla Fleury de Souza, fez um discurso indignado na sessão do Conselho de Procuradores de Justiça da última segunda-feira (29/05), reclamando que seu salário de R$ 37,5 mil seria suficiente apenas para ela “fazer suas vaidades”. Somente neste ano, até abril, a remuneração bruta média da procuradora foi de R$ 59.5 mil mensais, com rendimento líquido médio de R$ 44,6 mil por mês.

A fala foi feita no contexto do confronto a críticas da imprensa e de um parlamentar ao pleito de integrantes do MP de Goiás para evitar desvalorização salarial. E Carla Fleury de Souza pediu que os demais integrantes da cúpula do MP de Goiás refletissem sobre a situação salarial de promotores que iniciam a carreira, cuja remuneração para entrância inicial é de R$ 32,2 mil brutos, segundo o portal da transparência do órgão ministerial goiano.

“Pensemos nos promotores. Eu sou uma mulher. Graça a Deus meu marido é independente, porque eu não mantenho minha casa. O meu dinheiro é só para mim [sic] fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos”, protestou a procuradora, demonstrando constrangimento e revolta.

Carla Fleury de Souza lembrou ainda de sua criação “com sacrífícios”, como filha de Promotor de Justiça, citando que seu pai se aposentou para advogar e poder pagar sua escola.

Hoje, a procuradora acumula o recebimento de R$ 178,4 mil em rendimentos líquidos, somente em 2023, até o mês de abril. Neste mesmo período, foram R$ 238,2 mil em rendimentos brutos. No mês de março, o MP de Goiás pagou R$ 58,4 mil líquidos a Carla Fleury de Souza. Valor resultante de um rendimento bruto de R$ 75,5 mil, que continha R$ 29,1 mil de “verbas indenizatórias”.

O que aconteceu:

A procuradora disse que "graças a Deus, o marido é independente" durante sessão na última segunda-feira (29).

Eu não mantenho a minha casa. O meu dinheiro é só para eu fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos."

A mulher continuou dizendo ter "dó" dos promotores que estão iniciando a carreira e têm filhos na escola "porque hoje o custo de vida é muito caro".

Souza ainda pediu desculpas por ter "se exaltado", mas a declaração foi "de coração" e "quem fala de coração, fala a verdade".

A procuradora tem uma remuneração do cargo efetivo de R$ 37.589,96, segundo o portal da transparência do MP-GO em consulta feita pela reportagem.

Antes, a procuradora disse que é filha de um promotor e foi criada com "sacrifícios". Ela comentou que o pai se aposentou do MP para advogar e poder pagar a escola dela.

Souza ingressou no MP-GO em 1992, segundo uma publicação da instituição no ano passado. Ela atuou nas promotorias de Mozarlândia (1992), Uruana (1992), Itapuranga (1992 a 1993), Inhumas (1993 a 2011) e Goiânia (2011 a 2022).

 

Ao UOL, o MP-GO disse que "trata-se de declaração de cunho pessoal, que não representa o pensamento da instituição".

CONFIRA FALA DA PROMOTORA