Identificar as causas críticas e as ações críticas que subsidiam a definição dos indicadores e a formulação de iniciativas. Este foi o objetivo das Salas Programáticas do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, atividade iniciada no último dia 5 e concluída nesta quarta-feira (21), que representa mais uma etapa na construção do PPA estadual.
Ao longo de 11 dias, o trabalho coordenado pela Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan) reuniu cerca de 600 gestores e técnicos das secretarias que respondem pelos compromissos dos programas vinculados a cada um dos treze eixos estratégicos, além das secretarias identificadas como possíveis parceiras dentro da proposta de transversalidade no processo de construção do PPA.
A importância do trabalho realizado, assim como a expectativa com relação ao seu resultado, foram destacadas pelo secretário estadual do Planejamento, Cláudio Peixoto. “Fundamental a conclusão deste trabalho hoje, que é a relação das causas críticas com os compromissos. A partir daí nós vamos para as reuniões técnicas que irão conformar as iniciativas e, por conseguinte, as ações orçamentárias. Existe uma expectativa muito grande porque estamos fazendo um PPA com a transversalidade muito ativa e nós esperamos que com isto o plano possa, acima de tudo, ser gerenciado, que ele tenha capacidade de ser avaliado, acompanhado e monitorado. Este é o principal motivo da mudança metodológica, trazermos programas mais delimitados, mais focados, com base na problematização que foi identificada, no caso concreto, na realidade factual dos problemas enfrentados no estado, para formular políticas mais assertivas”, detalha.
Avanço metodológico
O superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Muricy, comentou o resultado das mudanças metodológicas. “Sem dúvida os efeitos colaterais desta nova metodologia são enormes, por exemplo, toda secretaria de estado hoje conhece profundamente os seus problemas, já que a metodologia proporciona isto. Ela induz que você primeiro pense nos problemas e não simplesmente saia correndo em busca de solução para algo que é somente a ponta do iceberg, não o problema real. Então a gente parte do real para chegar até a ação que vai mitigar este problema. Eu diria que o percurso metodológico talvez tenha sido mais claro do que fizemos nos últimos PPA´s, muito coeso metodologicamente, teoricamente e fizemos com o cuidado de poder ser facilmente assimilado pelas secretarias”, avalia.
Procurador do Estado, Ailton Cardozo, avaliou a iniciativa sob a perspectiva de participante da atividade. “Achei incrível, um trabalho muito bem feito, que na verdade acaba sendo uma apoteose de todo processo de planejamento territorial que está sendo feito no PPA. Esta parte da dimensão da gestão, particularmente, acredito que caminha para consolidar o modelo de planejamento integrado e sistêmico do estado. Então eu vejo assim, primeiro que há uma energia de cooperação forte entre todas as secretarias, é uma oportunidade de a gente sair dos nossos departamentos, ali cada um por si, e tentar criar uma cultura de integração. A metodologia é muito interessante, de pensar a transversalidade, os compromissos comuns, o papel do centro de governo. Você começa a perceber a importância desta perspectiva de integração”.
A próxima etapa na construção do PPA 2024-2027 é chamada de Reuniões Técnicas, que consiste na realização de uma análise de consistência para saber se as ações críticas listadas, de fato, impactam o problema e consequentemente ajudam a resolver os compromissos.
Fonte: Ascom/Seplan