GERAL Vitória da Conquista
Flor de Imbuia abre a terceira noite do Arraiá da Conquista com “forró de rabeca” e representatividade feminina
A banda soteropolitana se apresentou no Arraiá da Conquista pela segunda vezPioneiras na adoção da rabeca como um instrumento para tocar forró na B...
22/06/2023 23h00
Por: Redação Fonte: Prefeitura Mun. Vitória da Conquista - BA
Foto: Reprodução/Prefeitura Mun. Vitória da Conquista - BA
A banda soteropolitana se apresentou no Arraiá da Conquista pela segunda vez

Pioneiras na adoção da rabeca como um instrumento para tocar forró na Bahia, as integrantes da banda Flor de Imbuia vieram de Salvador para abrir a programação da terceira noite do Arraiá da Conquista, nesta quinta-feira (22). Foi a segunda vez que elas se apresentaram no evento junino conquistense – a primeira foi em 2022.

Assim, além do chamado “forró de rabeca”, algo que é considerado novidade em terras baianas, mas é bastante comum nos outros estados do Nordeste, o grupo trouxe a representatividade feminina para o palco do Centro Cultural Glauber Rocha.

A presença do instrumento tido como “inusitado” é uma consequência da grande diversidade de origens que caracteriza a formação do grupo. “Fomos trazendo as nossas influências culturais para compor este grupo. Então, a rabeca chegou com muita força por ser um elemento diferente dentro do São João e do forró”, informou Diana Ramos, que é pernambucana, enquanto as colegas de banda vieram de lugares como Pará, Goiás e regiões baianas como o Sudoeste e o entorno do Capão.

“Apostamos nesse diferencial porque as rabecas já existiam nas festas populares do Nordeste antes da chegada da sanfona. É como trazer um elemento que está presente na constituição da música nordestina, com um sotaque muito regional. Ela parece uma novidade, mas já está aí há uma centena de anos”, explicou Diana.

A rabeca, instrumento cuja presença no forró é mais antiga que a da sanfona

As integrantes alternaram xotes, maracatus, baiões, cirandas e cocos, além de composições de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Todas tocavam, todas cantavam – sem que uma se sobrepusesse à outra. “Todas têm a sua personalidade, o seu modo de interpretar as músicas, a sua performance. Queremos que todas tenham esse espaço de grandeza, porque é assim que a gente vai atrair outras mulheres para esse espaço”, observou a pernambucana.

Uma postura em sintonia com o discurso de sororidade que naturalmente surge, assim que uma banda formada somente por mulheres sobe a qualquer palco. E, principalmente, num universo predominantemente masculino com o cenário musical do forró.

Diana observa que outras artistas já vieram antes, e que elas próprias se sentem responsáveis por ampliar ainda mais a presença das mulheres na produção musical nordestina. “Ter uma banda de forró formada só por mulheres é uma forma de dizer que as outras mulheres podem vir com a gente. Sabemos que nós estamos conquistando um espaço muito valioso”, observou a artista.

As integrantes se encontraram com a prefeita Sheila Lemos depois do show

 

 

 

 

Flor de Imbuia abre a terceira noite do Arraiá da Conquista com “forró de rabeca” e representatividade feminina
GERAL Vitória da Conquista
Flor de Imbuia abre a terceira noite do Arraiá da Conquista com “forró de rabeca” e representatividade feminina
A banda soteropolitana se apresentou no Arraiá da Conquista pela segunda vezPioneiras na adoção da rabeca como um instrumento para tocar forró na B...
22/06/2023 23h00
Por: Redação Fonte: Prefeitura Mun. Vitória da Conquista - BA
Foto: Reprodução/Prefeitura Mun. Vitória da Conquista - BA
A banda soteropolitana se apresentou no Arraiá da Conquista pela segunda vez

Pioneiras na adoção da rabeca como um instrumento para tocar forró na Bahia, as integrantes da banda Flor de Imbuia vieram de Salvador para abrir a programação da terceira noite do Arraiá da Conquista, nesta quinta-feira (22). Foi a segunda vez que elas se apresentaram no evento junino conquistense – a primeira foi em 2022.

Assim, além do chamado “forró de rabeca”, algo que é considerado novidade em terras baianas, mas é bastante comum nos outros estados do Nordeste, o grupo trouxe a representatividade feminina para o palco do Centro Cultural Glauber Rocha.

A presença do instrumento tido como “inusitado” é uma consequência da grande diversidade de origens que caracteriza a formação do grupo. “Fomos trazendo as nossas influências culturais para compor este grupo. Então, a rabeca chegou com muita força por ser um elemento diferente dentro do São João e do forró”, informou Diana Ramos, que é pernambucana, enquanto as colegas de banda vieram de lugares como Pará, Goiás e regiões baianas como o Sudoeste e o entorno do Capão.

“Apostamos nesse diferencial porque as rabecas já existiam nas festas populares do Nordeste antes da chegada da sanfona. É como trazer um elemento que está presente na constituição da música nordestina, com um sotaque muito regional. Ela parece uma novidade, mas já está aí há uma centena de anos”, explicou Diana.

A rabeca, instrumento cuja presença no forró é mais antiga que a da sanfona

As integrantes alternaram xotes, maracatus, baiões, cirandas e cocos, além de composições de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Todas tocavam, todas cantavam – sem que uma se sobrepusesse à outra. “Todas têm a sua personalidade, o seu modo de interpretar as músicas, a sua performance. Queremos que todas tenham esse espaço de grandeza, porque é assim que a gente vai atrair outras mulheres para esse espaço”, observou a pernambucana.

Uma postura em sintonia com o discurso de sororidade que naturalmente surge, assim que uma banda formada somente por mulheres sobe a qualquer palco. E, principalmente, num universo predominantemente masculino com o cenário musical do forró.

Diana observa que outras artistas já vieram antes, e que elas próprias se sentem responsáveis por ampliar ainda mais a presença das mulheres na produção musical nordestina. “Ter uma banda de forró formada só por mulheres é uma forma de dizer que as outras mulheres podem vir com a gente. Sabemos que nós estamos conquistando um espaço muito valioso”, observou a artista.

As integrantes se encontraram com a prefeita Sheila Lemos depois do show