O delegado Charles Leão, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (20), que o repórter Marcelo Castro e o produtor Jamerson Oliveira foram indiciados no caso conhecido como “Escândalo do Pix”. Além deles, o amigo de infância de um dos jornalistas também foi indiciado pelo episódio.
Leão detalhou que os ex-funcionários da TV Itapoan estão indiciados pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro e que as investigações são demoradas.
“Eles tiveram de forma ampla, acesso ao procedimento e, até o presente momento posso informar que todas as suas alegações trazidas não foram alicerçadas com qualquer documento e isso dá uma convicção de que acredito nas vítimas do que na afirmativa separada de qualquer fundamento documental ou qualquer outro meio de prova”, disse.
O delegado revelou que já foram realizadas 61h só de oitivas da Polícia Civil pela quantidade de pessoas envolvidas no caso.
ENTENDA O CASO
O “Escândalo do Pix”, apura possíveis fraudes que teriam ocorrido por meio de arrecadação de doações para pessoas em estado de vulnerabilidade social, em campanhas divulgadas na Record TV Itapoan, durante o programa Balanço Geral.
Citados no esquema, Marcelo Castro e o editor-chefe Jamerson Oliveira foram demitidos da emissora.
Os envolvidos teriam desviado cerca de R$ 800 mil destinados a pessoas carentes que fizeram apelos no programa. O repórter e o produtor foram citados em depoimentos de supostas vítimas. Um dos relatos aponta que Marcelo Castro teria intermediado para colocar o PIX, que seria de um rifeiro famoso, no gerador de caracteres da tela do programa Balanço Geral.
Em conversa com o Bahia Notícias, o advogado do jornalista negou o envolvimento do seu cliente no caso.
De acordo com a Polícia Civil, dois jornalistas são investigados e cerca de 20 pessoas, que se apresentam como vítimas e funcionários da TV Itapoan, já foram ouvidas sobre o caso.