A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou nesta terça-feira (27), o resultado do segundo Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2023, com índice geral de 2,2% em Vitória da Conquista. De acordo com a análise, houve uma pequena redução de 0.5 ponto percentual se comparado ao primeiro levantamento feito em fevereiro deste ano, que foi de 2,7%.
Esse resultado significa que o município ainda está em alerta, com uma classificação de médio risco para surtos de transmissão das doenças transmitidas pelo mosquito, como a dengue, zika e chikungunya. O Ministério da Saúde (MS) orienta que o índice aceitável para o controle de infestação seja de até 1.0%, ou seja, 1% dos imóveis da cidade.
Para fazer esse levantamento, os agentes de combate às endemias fizeram coletas de amostras em 78 bairros e loteamentos da cidade, onde 24 apresentaram índice de infestação de médio risco e 15 de alto risco, acima de 3,9%. Os maiores foram registrados na Vila Marina (10%), Panorama (9,7%), Morada Real (8,9%), Ipanema (8,6%), Kadija (8,3%) e Henriqueta Prates (7,4).
Das amostras coletadas em focos de água parada, em 63% foram encontradas larvas positivas do Aedes aegypti em depósitos de água ao nível do solo (caixas d’água, tanques, tambor), e 20% em pequenos recipientes com acúmulo de água no quintais, como vasos, pratinhos de planta, latas, dentre outros.
Buscando conter a proliferação do mosquito e reforçar o trabalho educativo com a população, as equipes de combates às endemias realizaram mutirões no Vila Marina e também no Recanto dos Pássaros e Alameda dos Pássaros, na última semana. Outros mutirões estão sendo organizados para outros locais que apresentaram alto risco.
CASOS– De acordo com dados atualizados pela SMS, foram registradas, este ano, 2.793 notificações suspeitas de dengue, zika e chikungunya no município, com 870 casos já confirmados dessas doenças, este ano, sendo 592 de dengue, 267 de chikungunya e 11 de zika. Outros 1.179 casos foram negativos para arboviroses e 492 ainda aguardam resultado laboratorial.
O maior pico de notificações das arboviroses foram registradas entre os meses de janeiro a março e, desde o mês de abril, o número de novas notificações vem reduzindo, principalmente com a chegada do inverno e o baixo volume de chuvas.
Mas, mesmo com a redução das notificações, não é hora de baixar a guarda, pois o combate ao mosquito deve ser feito o ano inteiro. Por isso, a SMS pede o apoio da população para manter o hábito da limpeza nos quintais para evitar qualquer mínimo acúmulo de água parada que possa servir de criadouro para o mosquito.
Para fazer a denúncia de alguma situação de risco, entre em contato com o Centro de Controle de Endemias pelo número: (77) 3429-7419, que os agentes irão até o local para fazer a vistoria.