Alardeiam que a corrupção campeia desenfreada nas instituições policiais, paralelamente à prática da arbitrariedade e da falta de respeito às leis. Hipocrisia das mais deslavadas, pois a corrupção - funcionários fantasmas -, a arbitrariedade, nepotismo a falta de respeito, e a subserviência são hospedeiras cativas da Assembleia Legislativa, onde se aprova sem pudor tudo o que o Executivo encaminha, sem um exame aprofundado das questões, atropelando a lei e a ética, e o que é mais grave, extinguindo direitos adquiridos ao longo do tempo e esmagando, com atitudes criminosas, conquistas asseguradas dentro dos preceitos constitucionais e da democracia.
Exemplo flagrante dessa subordinação insana e criminosa é o que aconteceu durante a apreciação do Projeto de Lei nº 22.975/2018, apelidado de pacote de maldade de Jerônimo Rodrigues, que entre outras coisas propunha o aumento da contribuição do plano de saúde dos servidores estaduais (PLANSERV), em alguns casos em 8% percentual maior do que o reajuste concedido.
O projeto foi aprovado na integralidade tendo o relator rejeitado diversas emendas propostas pela oposição a pedido dos servidores públicos. De 63 parlamentares da ALBA, uma maioria absoluta com exceção da bancada da oposição votou a favor do projeto. Vale salientar que alguns deles foram reeleitos no último pleito com votos dos servidores públicos.
Ficou comprovado que se o Poder Executivo encaminhar um projeto de lei decretando o extermínio puro e simples do servidor público, certamente será aprovado pelos deputados do bloco do Governo, sem o menor constrangimento. Deputados estaduais que agem como verdadeiros integrantes de grupos de extermínios prontos para liquidar ou tornar nulos os direitos dos servidores públicos. Uma aberração que continua acontecendo na Bahia, ao arrepio da lei e do respeito.
Não é demais recordar a eleição da enfermeira Aline Peixoto, para conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia. Aline é esposa do ministro da Casa Civil, o ex-governador da Bahia Rui Costa (PT).
Deputados da chamada base aliada do governo estão agindo impiedosamente, sem oferecer condições de defesa às suas vítimas, no caso os servidores públicos, que veem os seus direitos serem abatidos sem misericórdia, num processo negligente e pecaminoso de votação.
Projetos equivocados são aprovados despudoradamente, sem qualquer apreciação ou exame, com parlamentares ajoelhando e dizendo “amém” mesmo antes da hora. Aprovam tudo como um rolo compressor a serviço do Governo, jogando no ralo do esgoto os direitos de uma categoria que é a mola propulsora da administração pública da Bahia.