Não é de causar estranheza a onda de violência que assola a nação a partir da derrota da extrema direita fascista nas últimas eleições, recrudescendo com a tentativa golpista de 08 de janeiro. Para quem sempre deu sustentação e apoio aos CACs e liberou geral o uso da arma de fogo com a pífia e criminosa justificativa de promover a defesa da população, fica fácil deduzir a violência diária orquestrada por parte considerável dos meios de comunicação invadindo nossos lares no café da manhã, almoço e jantar, terrorismo midiático da pior qualidade, com a deliberada intenção de instalar o medo em todas as camadas sociais.
Desnecessário dizer que a derrocada bolsonarista inconformada com a perda do poder e às voltas com os procedimentos investigativos que acarretarão as necessárias punições exemplares em conformidade com os dispositivos legais vigentes, tentará de todas as maneiras dificultar e impedir tais medidas saneadoras. Em vão, porque vivenciamos um caminho sem volta para desespero daqueles maus brasileiros que apostam no quanto pior melhor.
Em todos os setores da existência humana há os que optam pelo descompromisso com a legalidade e abraçam o mal, como os políticos e militares golpistas que em breve terão de amargar a inelegibilidade, cassação ou prisão. Não acredito que esse lixo fardado prestes a ser eliminado do convívio social tenha condições de desmoralizar nossas instituições, notadamente o STF, eterno vigilante em defesa da democracia. Digo mais: os militares de carreira em plena ascensão logo serão instados a exercer suas funções em defesa da pátria, varrendo a imundície que nos acompanha desde 1964.
O mesmo acontecerá com a renovação da classe política nas futuras eleições, consolidando de vez a soberania aviltada pelos eternos vendilhões de plantão. Que venha a paz definitiva.
Chega de violência.
Contato: Jorge Braga Barretto
(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 14.07.2023.