Ter acesso a linhas de crédito é uma das formas de iniciar ou colocar combustível nos negócios. A fim de promover o conhecimento a respeito desse tema, uma oficina para empreendedores negros, negras e mulheres empreendedoras foi realizada, nesta segunda-feira (24), no Centro de Cultura de Alagoinhas.

A iniciativa foi da vereadora Juci Cardoso, em parceria com a Procuradoria Especial da Mulher, o Desenbahia, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (SEPROMI) e a Prefeitura de Alagoinhas, por meio das Secretarias de Assistência Social (SEMAS) e de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (SEDEA). O evento, que teve por foco as linhas de crédito do Desenbahia, contou com a participação da secretária Ângela Guimarães (SEPROMI).

De acordo com a edil, “o nosso potencial empreendedor foi o que motivou este projeto que traz linhas de crédito específicas, com juros especiais bem abaixo do mercado, e que servem para impulsionar os negócios dessas mulheres que empreendem na nossa cidade”.

Ainda segundo Juci Cardoso, uma das maiores dificuldades nos pequenos negócios é conseguir o financiamento, “existe essa necessidade para que aquilo que se pensa, o seu projeto, saia do papel. Então, essa oficina tem o objetivo principal de potencializar esses negócios, e é algo que a Procuradoria da Mulher vem fazendo, ao longo desses últimos dois anos, com a vereadora Luma Menezes, a vereadora Jaudice Nunes e a vereadora Raimunda Florêncio, com ações para a autonomia das mulheres”.

Promover autonomia, sobretudo para as mulheres negras que enfrentam as grandes barreiras do racismo estrutural, é uma das formas de promover a sustentabilidade nos negócios. Assim definiu a Coordenadora de Empreendedorismo Negro da SEPROMI, Tamires Santos. “Uma das maiores dificuldades é esse acesso ao crédito e queremos difundir as políticas públicas que o Estado tem a partir de uma Lei do Empreendedorismo”.

Segundo o Secretário Bruno Fagundes (SEDEA), “a oferta de crédito pelas instituições tradicionais, como as bancárias, sempre foram muito limitadas. Programas como esse, do Governo do Estado, que democratizam o acesso ao crédito, é uma contrapartida social para que as pessoas tenham transformação de vida. O crédito, quando bem aplicado, com um planejamento adequado, é extremamente salutar”. Já a Coordenadora de Política de Proteção à Mulher da SEMAS, Rhane Paula, salientou que esta é uma agenda integrada, “que abre um leque de possibilidades para o empreendedorismo, em que a informação e o incentivo são fundamentais”.

Ela ainda citou a ação Julho Pretagonista, que coloca os holofotes nas mulheres negras. “Precisamos desse lugar, desse palco, para poder ocasionar espaços de poder, de diálogo e de informação”.

Fotos: Roberto Fonseca