Abril ainda não terminiou e já registra o mesmo número de ataques a bancos do primeiro trimestre de 2021 na Bahia. Apenas neste mês foram 9 ocorrências. Entre janeiro e março também foram 9, totalizando 18 casos no ano. A forma é sempre a mesma: várias pessoas chegam, tocam terror no bairro ou município, explodem os caixas eletrônicos das agências ou outros estabelecimentos comerciais e fogem em seguida com o dinheiro.
Quem paga a conta é a população, que fica sem serviço bancário por meses. É comum ainda os bancos fecharem definitivamente a unidade, causando um transtorno maior para quem precisa fazer alguma transação na agência.
Os funcionários também sentem na pele. Embora os ataques aconteçam mais na madrugada, sem que haja bancários ou clientes, muitos ficam traumatizados e com o emocional abalado. Sem falar na dor de cabeça em ter de mudar o trabalho para outras cidades.
Os moradores próximos as agências atacadas são obrigados a se deslocar para outros bairros e cidades, no caso do interior, para realizar as operações. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de ataques cresceu 433% no Estado.
O Bradesco e o Banco do Brasil foram os mais atacados entre os casos registrados neste ano, com cinco ocorrências cada. Logo atrás aparece a Caixa, com dois ataques. Apenas uma foi tentativa de arrombamento de agência e as demais explosões. As cidades do interior são as mais afetadas com oito casos.
As empresas visam apenas o lucro e não investem em segurança. Mesmo com lucratividade de quase R$ 80 bilhões no ano passado, os bancos não direcionam o dinheiro para inibir as ações dos bandidos.
Por conta disso, o Sindicato dos Bancários da Bahia segue cobrando dos bancos e do poder público medidas para conter a onda de, principalmente, explosões às unidades. As empresas podem investir efetivamente em segurança. No ano passado, em plena pandemia, quando diversos setores da economia tiveram prejuízos, o sistema financeiro obteve lucro líquido de R$ 79 bilhões. Se tiver boa vontade, dá.
Confira relação de agências que sofreram ataques em 2021.
Fonte: Sindicato dos Bancários