Pois é, como já dizia minha saudosa mãe: "enquanto os gatos dormem, os ratos passeiam"... Hoje quinta-feira, 27 de julho, as 6 horas da manhã, mais uma vez um morador, dono de um pequeno restaurante no bairro do Barbalho indo abrir seu comércio foi roubado por um ladrão "vezeiro, pé chinelo", em plena luz do dia, na frente do mercado, Nutrilar, levando seus pertences, como é de praxe o aparelho celular, e mais uma quantia em dinheiro, sob ameaças, em pleno dia.
Como é uma realidade, a presença do Estado deixou de existir, provavelmente nessa hora, que a polícia responsável por essa função de policiamento 24:h preventivo, deveria estar fazendo patrulhamento rotineiro com viaturas no policiamento ostensivo e fardado. O que deixou de existir desde 2007, quando algum especialista em segurança pública, orientou na extinção do Policiamento Preventivo, e priorizar a presença repressiva - deixar acontecer, para ser vista a atuação...
Daí o surgimento das câmeras para justificar o custo da contratação e investimento. Não sabendo os que se apresentam, intitulando-se de "pseudos-especialistas", que policiamento de prevenção é a presença física do policial uniformizado, 24:h, e assim desestimular a quem queira se arvorar a delinquência, função que a câmera não possui, essa finalidade, na verdade, sua única função é identificar o fato e autoria, de uma ocorrência. Ou seja: sua função é de auxiliar no efeito da ação. Bem diferente da causa...
Infelizmente, hoje essa polícia, não podemos condenar o servidor público militar, da PM, força auxiliar do Estado, que apesar de estar exercendo uma atividade de natureza civil, têm por princípio doutrinário, o aquartelamento, homens treinados para o combate ao inimigo e tomada de território, em regime de plantão, que em sentido de descanso, dormem esses soldados, fardados, para troca de efetivo, ao amanhecer nesses pequenos quartéis (CIAs).
Vale salientar, que muitas das ligações para o número 190, Central de Comunicação da Segurança Pública e não dá Polícia Militar, como divulgam, o cidadão liga para avisar que está ocorrendo presença de pessoas armadas, em estranhos movimentos e até pulando o muro. Ou seja: qual seria a obrigação da Polícia Administrativa? O óbvio, averiguar, e caso constatar, de imediato tomar as providências. Entretanto a realidade é outra. Só se deslocam depois que os supostos delinquentes praticaram o delito, ocorrendo o deslocamento de viaturas e soldados, cabos e sargentos, não com a finalidade de averiguar a causa no sentido de prevenir, mas para a ação do efeito. Que na verdade essa função sai da sua competência e passa a responsabilidade a polícia de repressão que é a Polícia Civil.
Enquanto o gestor de políticas públicas não entender isso, a polícia, dorme e a Cidade contínua nua, literalmente deixando o cidadão despido, entregue ao "deus - dará"...
Acorda governador e faça valer sua autoridade.
Crispiniano Daltro - Administrador, Pós graduado em Gestão Pública de Municípios pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), coordenador e professor do curso de Investigador Profissional ministrado pela Facceba, Investigador Policial Civil, ativista dos movimentos sociais, ex-Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia – SINDPOC e ex-Coordenador Geral da Federação dos Trabalhadores Público do Estado da Bahia - FETRAB.
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