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Arte e inovação se encontram no 7º Festival Amazônia Mapping, em Belém

Evento será aberto neste fim de semana no Museu do Estado do Pará

05/08/2023 às 10h10
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
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O Festival Amazônia Mapping, considerado um dos maiores eventos de arte, inovação e tecnologia do Brasil, completa 10 anos em sua sétima edição na capital paraense,Belém, nos dias 5 e 6 de agosto. “Estamos muito felizes pelos dez anos do festival, pelo que se configurou para o Brasil e para o mundo”, disse àAgência Brasil a curadora Roberta Carvalho, também diretora artística e idealizadora do Festival Amazônia Mapping.

Embora tenha sido iniciado em 2013, o evento não teve edições contínuas por falta de patrocínio. A edição de 2023 representa o primeiro projeto apoiado pela Lei Rouanet. Ele tem patrocínio da Heineken, Instituto Vale e Oi. “É um processo de constante trabalho para fazer o festival acontecer“, destacou Roberta, que considera “muito desafiador“ fazer cultura na Amazônia.

O Amazônia Mapping, que fala de arte e tecnologia pelo olhar de amazônidas, e é um marco importante para os organizadores. O festival será realizadono Museu do Estado do Pará a partir deste sábado (5), com atrações totalmente gratuitas eclassificação livre. “Nossa ideia de ocupar os centros urbanos de cidades da Amazônia é trazer conteúdo, novas narrativas, outras visualidades para a arquitetura da cidade, contar outras histórias. Faz parte do nosso objetivo enquanto festival”.

O evento também será realizado em Alter do Chão, distrito administrativo da cidade de Santarém (PA), no dia 30 de setembro.

Desdobramento

A novidade deste ano é que o festival terá programação paraduas noites, ao invés de uma. Segundo Roberta Carvalho, um dos destaques é a produção pictórica do líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor brasileiro Ailton Krenak, ainda não muito difundida. São imagens gráficas de fotografia utilizando o estilo de arte urbana e buscando referência na cultura Krenak. A obra se conecta com o discurso do escritor, na Constituinte de 1987.

“É uma obra impactante que se configura dentro de um momento muito importante para a Amazônia, que será sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025. Tudo que a gente está construindo para as cidades e para as pessoas, vindo para Belém, é uma oportunidade importante para se falar da Amazônia, da floresta em pé, de uma valorização e uma potência cultural”, disse.

O festival recebeu mais de 100 obras inscritas de todo o país, em uma chamada aberta, das quais mais de 40 já foram selecionadas. Até o domingo (6), haverá ainda encontros de música e imagem. “Ou seja, artistas da música encontram artistas visuais para gerarshowsúnicos. Temos também o trabalho de um coletivo que vai fazer desenho e animação em tempo real nos jardins do Museu. Enfim, é uma programação extensa, ocupando duas noites, gratuita, livre, para todos os públicos, para falar de Amazônia em primeira pessoa.”

O festival usa a técnica de projeções de grandes proporções, chamadavideo mapping(técnica de mapeamento de vídeo), na qual se mapeia a arquitetura de um prédio e projeta nela imagens. Cada trabalho conta uma história. “É muito interessante, porque a arquitetura vai se transformando e criando outras possibilidades.”

Showsregionais

Osshowstambém são gratuitos para o público. Serão realizados dois delesneste sábado (5) e um no domingo (6). O primeiro grupo a se apresentar é a orquestra Uapi, grupo de percussão amazônico, idealizado pelo músico paraense Márcio Jardim e pela cantora e diretora artística Aíla. Uapi vem do tupi-guarani e significa Tambor de Couro Redondo. Em sua apresentação no Festival Amazônia Mapping, o grupo convida Manoel Cordeiro, um dos grandes nomes da música brasileira que nasceu no Norte do país.

A segunda apresentação deste sábado (5), chamadaAmazônia Pop, destaca a riqueza cultural da região amazônica, conduzidapela artista paraense Aíla, que convida outros músicos artistas do Pará e Amazonas,Felipe Cordeiro e Victor Xamã,para se juntarem a ela no palco.

Encerrando o festival, oshowprogramado para o domingo (6) traz oClube da Guitarrada. O movimento foi fundado em 2017 com o objetivo de reunir pessoas interessadas em difundir e fomentar a guitarrada dos antigos mestres e incentivar a nova geração da lambada instrumental, ritmo típico do Pará. O clube vai apresentar umshowdançante para os 10 anos do Festival Amazônia Mapping. Entre os convidados estãoMestre Solano, um dos grandes da guitarrada paraense, com 82 anos de idade e 70 anos de carreira,e Eduardo Du Norte, músico e instrumentista da nova geração, natural da cidade de Manaus, integrante do grupo Tambores Encantados.

O festival terá ainda oficinas formativas. “As oficinas tentam instrumentalizar as pessoas da cidade e da região para se apropriarem da tecnologia dovideo mappara a expressão artística e construção dos seus trabalhos visuais”, informou Roberta.

Nas sete edições realizadas, o festival atraiu um público de mais de 50 mil pessoas, contabilizando mais de 200 obras apresentadas e mais de 200 artistas envolvidos.

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