GERAL Geral
Potencialidades de favela do estado do Rio são tema de documentário
Fotógrafa pretende mostrar como é a vida na Marambaia, em São Gonçalo
06/08/2023 11h40
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

Um menino jogando futebol na rua ao entardecer. Esta imagem pode parecer normal e cotidiana, mas, quando se examina melhor o contexto em que está inserida, chega-se à conclusão de quão natural e banal se tornou a violência em algumas comunidades. A imagem foi feita após um dia deintenso tiroteio na Favela da Marambaia, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, em 2022, pela fotógrafa Anna de Souza, mais conhecida como Anna Drew.

Em entrevista àAgência Brasil, Anna Drew contou que saiu para comprar pão logo após a troca de tiros. "Avisteiosmeninoslá em cima, como se nada tivesse acontecido. Eles começarama jogar bola, essa imagem me prendeu de alguma forma, e conseguitirar a foto.”

Para Anna, a violência se tornou parte da vida de quem mora na favela, pois as pessoas têmque sair logo depois do tiroteio para trabalhar, estudar e continuar a rotina.

A fotografia foi escolhida para o cartaz da10ª edição do Curso de Extensão Mídia, Violência e Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) eressaltaa resiliência dos moradores que seguem em frente, mesmo diante da adversidade. Anna disse que "sentiu” queafotodo meninopoderia ser usada em algo importante.

História de vida

Anna começou a carreira fotografando os bastidores das peças das quais participava, emum curso de teatropróximo de suacasa,onde foi acolhida por quatro ano após ter sido expulsa de casaao revelar aos pais sua homossexualidade. Duranteesse tempo, ela aprendeua fotografar, dirigir e atuar.

Atualmente, a jovem está produzindo o documentárioMinha Favela, Minha Vida, no qual pretende mostrara realidade dos moradores da comunidade onde nasceu e cresceu. Anna disse que as imagens já foram gravadas e que o vídeo está editado. Agora, ela busca recursos técnicos e financeiros para lançar o projeto.

“Eu achava que, por não ter o equipamento adequado, não conseguiria [filmar],mas agora já tenho um roteiro escrito, estou buscando uma maneira de lançar o documentário. Quero mostrar o que as pessoas da favela acham da favela e não o que é mostrado pela mídia em geral”. Tudo foi filmado e editado em aparelho celular.

No filme, a fotógrafa quer destacar as potencialidades dos moradores da Marambaia, os pontos culturais, a culinária e o cotidiano das pessoasda favela. Formada em Comunicação Popular pelo Coletivo BemTV, de Niterói, Anna Drew pensa em abrir uma produtora e dar seguimento ao compromisso de retratar a realidade de pessoas anônimas e mostraros moradores das favelas, expondo seusaspectos positivos, que são frequentemente estigmatizados.

Anna já confirmou presença na aula sobre comunicação comunitária e outras narrativas, que será ministrada na10ª edição do curso de extensão Mídia, Violência e Direitos Humanos. Promovido pelo Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida (Nepp–DH), o curso terá aulas às quartas-feiras, das 17h às 20h, de 6 de setembro a 8 de novembro, no Auditório do Nepp-DH, nocampusuniversitárioda UFRJna Praia Vermelha, no bairro da Urca.

As aulas serão transmitidas pelo Canal MVDH no YouTube. Para acessar o edital completo e o formulário de inscrição, é preciso acessar este link . As inscrições podem ser feitas até o dia 13 deste mês.

*Estagiário sob supervisão de AkemiNitahara

Potencialidades de favela do estado do Rio são tema de documentário
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Potencialidades de favela do estado do Rio são tema de documentário
Fotógrafa pretende mostrar como é a vida na Marambaia, em São Gonçalo
06/08/2023 11h40
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

Um menino jogando futebol na rua ao entardecer. Esta imagem pode parecer normal e cotidiana, mas, quando se examina melhor o contexto em que está inserida, chega-se à conclusão de quão natural e banal se tornou a violência em algumas comunidades. A imagem foi feita após um dia deintenso tiroteio na Favela da Marambaia, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, em 2022, pela fotógrafa Anna de Souza, mais conhecida como Anna Drew.

Em entrevista àAgência Brasil, Anna Drew contou que saiu para comprar pão logo após a troca de tiros. "Avisteiosmeninoslá em cima, como se nada tivesse acontecido. Eles começarama jogar bola, essa imagem me prendeu de alguma forma, e conseguitirar a foto.”

Para Anna, a violência se tornou parte da vida de quem mora na favela, pois as pessoas têmque sair logo depois do tiroteio para trabalhar, estudar e continuar a rotina.

A fotografia foi escolhida para o cartaz da10ª edição do Curso de Extensão Mídia, Violência e Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) eressaltaa resiliência dos moradores que seguem em frente, mesmo diante da adversidade. Anna disse que "sentiu” queafotodo meninopoderia ser usada em algo importante.

História de vida

Anna começou a carreira fotografando os bastidores das peças das quais participava, emum curso de teatropróximo de suacasa,onde foi acolhida por quatro ano após ter sido expulsa de casaao revelar aos pais sua homossexualidade. Duranteesse tempo, ela aprendeua fotografar, dirigir e atuar.

Atualmente, a jovem está produzindo o documentárioMinha Favela, Minha Vida, no qual pretende mostrara realidade dos moradores da comunidade onde nasceu e cresceu. Anna disse que as imagens já foram gravadas e que o vídeo está editado. Agora, ela busca recursos técnicos e financeiros para lançar o projeto.

“Eu achava que, por não ter o equipamento adequado, não conseguiria [filmar],mas agora já tenho um roteiro escrito, estou buscando uma maneira de lançar o documentário. Quero mostrar o que as pessoas da favela acham da favela e não o que é mostrado pela mídia em geral”. Tudo foi filmado e editado em aparelho celular.

No filme, a fotógrafa quer destacar as potencialidades dos moradores da Marambaia, os pontos culturais, a culinária e o cotidiano das pessoasda favela. Formada em Comunicação Popular pelo Coletivo BemTV, de Niterói, Anna Drew pensa em abrir uma produtora e dar seguimento ao compromisso de retratar a realidade de pessoas anônimas e mostraros moradores das favelas, expondo seusaspectos positivos, que são frequentemente estigmatizados.

Anna já confirmou presença na aula sobre comunicação comunitária e outras narrativas, que será ministrada na10ª edição do curso de extensão Mídia, Violência e Direitos Humanos. Promovido pelo Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida (Nepp–DH), o curso terá aulas às quartas-feiras, das 17h às 20h, de 6 de setembro a 8 de novembro, no Auditório do Nepp-DH, nocampusuniversitárioda UFRJna Praia Vermelha, no bairro da Urca.

As aulas serão transmitidas pelo Canal MVDH no YouTube. Para acessar o edital completo e o formulário de inscrição, é preciso acessar este link . As inscrições podem ser feitas até o dia 13 deste mês.

*Estagiário sob supervisão de AkemiNitahara