GERAL Geral
Ministro diz que novas regras de importação da UE são "uma afronta"
Lei proíbe compra de produtos de áreas desmatadas, mesmo legalmente
07/08/2023 17h55
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse nesta segunda-feira (7)que as novas regras da União Europeia (UE) queproíbem os membros de compraremprodutos provenientes de áreas de desmatamentosão uma afronta porque ferem normasda Organização Mundial do Comércio.

Aprovada pelo Parlamento Europeu, a lei proíbe que os membros da UE importemprodutos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento identificado até dezembro de 2020 - seja legal ou ilegal. O Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) incide sobre madeira, soja, carne bovina, cacau, café, óleo de palma, borracha e derivados. O Código Florestal Brasileiro determina para cada bioma percentuais de desmatamento permitido para a agricultura, mas mesmo para produtores que seguem as regras, a exportação para os países do bloco europeu serão proibidas.

“Nós temos quetrabalhar aqui no Brasil o avanço da rastreabilidade, da certificação,mostrar otanto que os nossos produtos têm garantia de qualidade e também de produção sustentável.Aprópria ministra Marina Silva,que é uma autoridade mundial em meio ambiente,disse no lançamentodo primeiro Plano Safra da históriaancorado emamplitude de Baixo Carbono, que premia produtores por boas práticas, que menos de 2%dosprodutores brasileiros cometem crimes ambientais, portanto mais de 98% têm boas práticas”,afirmou depois de participar da abertura do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio.

Punição

Fávaro defendeque os agricultores e pecuaristas que cometem crimes ambientais sejam punidos de acordo com os rigores da lei, mas que"se a UE não quiser compreender isso e quiser elaborar suas próprias regras, [mesmo o Brasil] com certificação, garantia de origem, e nem isso for suficiente, será criado um novo bloco, fortalecendo os BRICS".

O ministro relata que nos últimos sete meses, o ministério abriu 26 novos mercados para o agro brasileiro. "Fora a ampliação de mercado com a China, com o Reino Unido, com o México, com o Egito para o algodão. E o Egito, que tem a fama de ter o melhor algodão do mundo!Se o Brasil passa a vender para o Egito significa que tem o algodão da mesma qualidade”, conclui.

O ministro reforçou que o Brasil está aberto a negociação, mas se o "exagero" da UE permanecer, o país trabalhará na abertura de novos mercados e de um novo cenário mundial competitivo e eficiente que respeita o meio ambiente e tenha bons parceiros.

União Europeia

O bloco regional prevê entre as principais punições aos países que importarem de áreas desmatadas asuspensão do comércio importador, a apreensão ou completa destruição de produtos, além de multas em dinheiro correspondentes a até 4% do valor anual arrecadado pela operadora responsável. Para entrar em território europeu, ascommoditiesprecisarão passar por rigorosa verificação para afastar a possibilidade de terem sido produzidas em áreas desmatadas.

Ministro diz que novas regras de importação da UE são "uma afronta"
GERAL Geral
Ministro diz que novas regras de importação da UE são "uma afronta"
Lei proíbe compra de produtos de áreas desmatadas, mesmo legalmente
07/08/2023 17h55
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse nesta segunda-feira (7)que as novas regras da União Europeia (UE) queproíbem os membros de compraremprodutos provenientes de áreas de desmatamentosão uma afronta porque ferem normasda Organização Mundial do Comércio.

Aprovada pelo Parlamento Europeu, a lei proíbe que os membros da UE importemprodutos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento identificado até dezembro de 2020 - seja legal ou ilegal. O Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) incide sobre madeira, soja, carne bovina, cacau, café, óleo de palma, borracha e derivados. O Código Florestal Brasileiro determina para cada bioma percentuais de desmatamento permitido para a agricultura, mas mesmo para produtores que seguem as regras, a exportação para os países do bloco europeu serão proibidas.

“Nós temos quetrabalhar aqui no Brasil o avanço da rastreabilidade, da certificação,mostrar otanto que os nossos produtos têm garantia de qualidade e também de produção sustentável.Aprópria ministra Marina Silva,que é uma autoridade mundial em meio ambiente,disse no lançamentodo primeiro Plano Safra da históriaancorado emamplitude de Baixo Carbono, que premia produtores por boas práticas, que menos de 2%dosprodutores brasileiros cometem crimes ambientais, portanto mais de 98% têm boas práticas”,afirmou depois de participar da abertura do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio.

Punição

Fávaro defendeque os agricultores e pecuaristas que cometem crimes ambientais sejam punidos de acordo com os rigores da lei, mas que"se a UE não quiser compreender isso e quiser elaborar suas próprias regras, [mesmo o Brasil] com certificação, garantia de origem, e nem isso for suficiente, será criado um novo bloco, fortalecendo os BRICS".

O ministro relata que nos últimos sete meses, o ministério abriu 26 novos mercados para o agro brasileiro. "Fora a ampliação de mercado com a China, com o Reino Unido, com o México, com o Egito para o algodão. E o Egito, que tem a fama de ter o melhor algodão do mundo!Se o Brasil passa a vender para o Egito significa que tem o algodão da mesma qualidade”, conclui.

O ministro reforçou que o Brasil está aberto a negociação, mas se o "exagero" da UE permanecer, o país trabalhará na abertura de novos mercados e de um novo cenário mundial competitivo e eficiente que respeita o meio ambiente e tenha bons parceiros.

União Europeia

O bloco regional prevê entre as principais punições aos países que importarem de áreas desmatadas asuspensão do comércio importador, a apreensão ou completa destruição de produtos, além de multas em dinheiro correspondentes a até 4% do valor anual arrecadado pela operadora responsável. Para entrar em território europeu, ascommoditiesprecisarão passar por rigorosa verificação para afastar a possibilidade de terem sido produzidas em áreas desmatadas.