Quem acompanha a apresentadora Jéssica Senra na TV Bahia,já deve ter visto os duros e críticos discursos da jornalista contra ações de integrantes da Polícia Militar da Bahia. Recentemente, inclusive, ela chegou a ser processada por um subtenente que se sentiu ofendido com a expressão "capitães do mato", utilizado pela apresentadora, mas acabou não tendo o pedido acatado pela Justiça.
No entanto, na manhã desta segunda-feira (21), Jéssica surpreendeu os telespectadores do Jornal da Manhã, ao fazer um comentário ao vivo, defendendo os policiais militares baianos. Ao falar do júri popular do policial militar Nildson Jorge Sousa França, acusado de matar a menina Geovanna Nogueira da Paixão, de 11 anos, no Jardim Santo Inácio, em Salvador, em 2018, a jornalista saiu em defesa da corporação.
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"Dificilmente minha gente, um policial dentro de uma comunidade, vai atirar deliberadamente para matar uma criança. Dificilmente vai ter a intenção de matar um inocente e é por isso que a gente sempre critica aqui a política de segurança pública do Estado. Você dizer que é o policial que matou a criança é você isolar um problema muito maior, é tirar a responsabilidade de quem tem, que é o comando da PM, Secretaria de Segurança Pública e sobretudo Governo do Estado, com essa política de enfrentamento. Pegam os policiais, colocam dentro da comunidade, onde traficantes altamente armados recebem, muitas vezes, a bala mesmo. Se coloca a PM para resolver um problema que é social, de falha histórica do Estado, se coloca a PM para solucionar nesse tiroteio".
Jéssica ainda destacou o trabalho que está sendo realizado pelo Governo da Bahia, através da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), para combate ao crime. "Hoje a Secretaria de Segurança Pública, me parece que está mudando seu posicionamento, investindo mais em ações de inteligência, fortalecendo mais a Polícia Civil, que tem que mapear quem são os criminosos em busca para prendê-los. Claro que se houver resistência, troca de tiros, podem acontecer fatalidades. As pessoas inocentes que vivem nesses locais ficam nesse fogo cruzado, porque joga uma polícia militarizada que vai lá para matar ou morrer, e infelizmente, no meio do fogo cruzado, ficam as crianças [...] A culpa não é do policial que atira apenas, é de todo sistema que está corroborando para essa violência".
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