GERAL Geral
Jamil Chade: para democratizar cultura, é preciso olhar para interior
Escritor falou à Nacional da Amazônia após participar da Fliparacatu
29/08/2023 08h50
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

O jornalista e escritor brasileiro Jamil Chade, que atua como correspondente em Genebra (Suíça), defendeu, após o Festival Literário de Paracatu (Fliparacatu), a necessidade de maior democratização de acessos à cultura e à educação, como o que ocorreu no evento no interior mineiro no último fimde semana. Ele foi entrevistado pela jornalista Mara Régia, daRádio Nacional da Amazônia.

"Não tem construção da democracia sem educação e cultura. Não existe atalho. Vamos fazer uma democracia e essa construção não é fazer apenas nas grandes cidades brasileiras. Tem que ir para todos os interiores do Brasil", afirmou.

Ele identificou que moradores da própria cidade de Paracatu e dos arredores demonstraram bastante interesse pelas temáticas culturais e de direitos humanos tratadas durante o evento. Segundo ele, isso foi também compreendido por autores célebres que estiveram no evento, como Conceição Evaristo e Mia Couto. "Eu fiquei muito impressionado com os dois. Estão sempre escutando", disse.

Antirracista

O evento, encerrado em Paracatuno último domingo,teve a participação de 70 escritores, sendo 30% deles convidados negros, incluindo a autora homenageada Conceição Evaristoe as premiadas Livia Sant’anna Vaz e Eliana Alvez Cruz.

O festival ocorreu no Centro Histórico da cidade e reuniu representantes da literatura brasileira e lusófona. O autor moçambicano Mia Couto foi também homenageado. A estimativa é de que pelo menos 24 mil pessoas assistiram às palestras e mesas do evento, que tevetemas norteados pela ancestralidade, arte e literatura, incluindo direitos humanos, liberdade, democracia, respeito e combate ao racismo.

Atuar contra o racismo foi a tônica principal do evento, segundo o curador do festival, Afonso Borges."Eu penso que o enfrentamento ao racismo tem a ver com a desigualdade social, com a violência e com a democracia. E esses são temas que estão nas obras de autores e autoras que passaram poraqui. Espero muito - e a população também - pelo próximo Fliparacatu", disse o idealizador do encontro.

Mesmo após o fim do evento, é possível conferir todas as palestras nocanal do YouTube do Fliparacatu .

Jamil Chade: para democratizar cultura, é preciso olhar para interior
GERAL Geral
Jamil Chade: para democratizar cultura, é preciso olhar para interior
Escritor falou à Nacional da Amazônia após participar da Fliparacatu
29/08/2023 08h50
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

O jornalista e escritor brasileiro Jamil Chade, que atua como correspondente em Genebra (Suíça), defendeu, após o Festival Literário de Paracatu (Fliparacatu), a necessidade de maior democratização de acessos à cultura e à educação, como o que ocorreu no evento no interior mineiro no último fimde semana. Ele foi entrevistado pela jornalista Mara Régia, daRádio Nacional da Amazônia.

"Não tem construção da democracia sem educação e cultura. Não existe atalho. Vamos fazer uma democracia e essa construção não é fazer apenas nas grandes cidades brasileiras. Tem que ir para todos os interiores do Brasil", afirmou.

Ele identificou que moradores da própria cidade de Paracatu e dos arredores demonstraram bastante interesse pelas temáticas culturais e de direitos humanos tratadas durante o evento. Segundo ele, isso foi também compreendido por autores célebres que estiveram no evento, como Conceição Evaristo e Mia Couto. "Eu fiquei muito impressionado com os dois. Estão sempre escutando", disse.

Antirracista

O evento, encerrado em Paracatuno último domingo,teve a participação de 70 escritores, sendo 30% deles convidados negros, incluindo a autora homenageada Conceição Evaristoe as premiadas Livia Sant’anna Vaz e Eliana Alvez Cruz.

O festival ocorreu no Centro Histórico da cidade e reuniu representantes da literatura brasileira e lusófona. O autor moçambicano Mia Couto foi também homenageado. A estimativa é de que pelo menos 24 mil pessoas assistiram às palestras e mesas do evento, que tevetemas norteados pela ancestralidade, arte e literatura, incluindo direitos humanos, liberdade, democracia, respeito e combate ao racismo.

Atuar contra o racismo foi a tônica principal do evento, segundo o curador do festival, Afonso Borges."Eu penso que o enfrentamento ao racismo tem a ver com a desigualdade social, com a violência e com a democracia. E esses são temas que estão nas obras de autores e autoras que passaram poraqui. Espero muito - e a população também - pelo próximo Fliparacatu", disse o idealizador do encontro.

Mesmo após o fim do evento, é possível conferir todas as palestras nocanal do YouTube do Fliparacatu .