Como policial, fiquei estarrecido ao acessar meu watsApp e tomar conhecimento da campanha financeira desencadeada em favor do colega investigador de Polícia Vockton Carvalho Freire, o qual foi atingido por estilhaços de granada durante a operação policial no bairro da Valéria na sexta-feira (15), amplamente divulgado pela mídia, lhe atingindo um dos olhos, perdendo-o, e um dos braços, que se encontra na eminência de perder seu movimento.
Campanha deflagrada pelos colegas que apelam para a solidariedade da comunidade policial civil, para colaborarem através de Pix, a fim de custear despesas com procedimentos médicos, cirúrgicos, oftalmológicos especializados e de fisioterapias, bem como toda medicação necessária.
Essa é uma das condições dispensada pelo Estado aos seus profissionais de segurança pública, precisamos está atentos como policiais e enquanto sociedade para esses comportamentos, salientando que essa responsabilidade não cabe apenas ao Executivo, mas ao Legislativo, Judiciário através do Ministério Público, e a os meios midiáticos, pois quando há um desvio de conduta, todos aparecem para condenar de imediato, essa é a essência do trabalho policial, enquanto alguns sofrem efeitos da violência, o policial é obrigado, enquanto ente de uma instituição de segurança pública de ir ao encontro dessa violência, não lhe restando alternativas ou possibilidades de recuar ou se acovardar diante do perigo, essa é a rotina daquele que coloca seu bem maior que é sua vida a serviço de um Estado e de uma sociedade em que a manipulação política, deturpa e desvia a verdadeira finalidade do trabalho policial, esse não é o primeiro caso nem vai ser o último.
Pois os policiais são classificados como “vidas nuas”, descrito por “Agamben” através da inclusão/exclusão política, em um estado de natureza “apolítico”, estando dentro do Estado quando é usado por ele, e fora quando os excessos são cometidos em seu nome.
MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA.
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