Trump passará para a história das eleições estadunidenses sem deixar saudades, tendo adotado a arrogância e a prepotência como companheiras inseparáveis, razão de ser do esperado insucesso. Vê-lo espernear é um prêmio para quem sabe esperar. Não tem loteria que pague.
Jamais acreditei na democracia fajuta da terra de tio Sam, que tem como força motriz o capitalismo predatório, decisivo na prática do genocídio impiedoso em tempos de Covid-19, privilegiando aqueles que dispõem de boa condição financeira, uma vez que inexiste um serviço eficiente de saúde pública que dê assistência a todos os cidadãos. SUS ali é palavrão. Por um simples motivo, não dá lucro.
Como a esperança é a última que morre, não custa nada acreditar que o novo presidente entenda que da vida nada se leva e tome a iniciativa, ainda que tardia, de preservar a saúde de seu povo, bem maior de qualquer nação. Chega de vampirizar e destruir as economias de outros países, como o Brasil, em que o presidente, hoje órfão e fragilizado, não mede esforços para atender à ganância imperialista, cumprindo todas as determinações impostas, comportamento típico dos capachos que certamente são bem recompensados pelo "dever cumprido".
Como a classe política reacionária e sem escrúpulo troca de partido como quem troca de camisa, não se constituirá surpresa se o capitão do mato resolver adotar Joe Biden como novo big boss. E, para não deixar rastro e limpar a barra, devolveria o volumoso estoque de cloroquina ao verdadeiro dono.
Disse em notas pretéritas que a derrota do tresloucado Trump seria meu presente de aniversário. Não deu outra.
Jorge Braga Barretto
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