Será que teríamos uma explicação plausível para as convulsões sociais que acompanhamos diariamente. Feminicídios, casos de intolerâncias de toda ordem, banalização da morte, de forma indiscriminada, violação e depredação de patrimônios, incêndios de transportes públicos, variadas formas de furtos e roubos, como; fiações das redes elétricas, internet e telefonia, baterias de automóveis, condensadores de ar-condicionado automotivos e residenciais, hidrômetros, relógios de medição elétrica, carteiras, relógios de pulso, alianças, celulares. Sem esquecer os inúmeros roubos de veículos diversos que são subtraídos de forma violenta e humilhante para as vítimas. Isso nos parece um absurdo aos olhos dos oprimidos e amedrontados cidadãos, mas como diria nossos mais velhos, isso é apenas um cafezinho, haja vista a proliferação do tráfico e suas conseqüências, quando vemos, e convivemos com comunidades totalmente reféns de facções criminosas, onde o Bang-Bang tornou-se uma constante durante as madrugadas, com exibição de armamento de todos os tamanhos, em um processo ostensivo de intimidação e terror permanente, que coloca a comunidade em um estado de impotência e medo, tornando-se reféns, fazendo com que sejam associados de forma errônea de conivência coletiva com essas organizações, o que não procede.
Partindo desse panorama, se vê uma falta de políticas públicas para segurança, onde o trabalho é voltado apenas para o enfrentamento midiático, em um trabalho de guerrilha urbana, aliado a falta de políticas sociais, de saúde, lazer, habitacional, saneamento, entre outras, associado a desqualificaçao da investigação policial com perda da qualidade e efetividade, inviabilizado por uma imposição de fardamento para a polícia investigativa, o que descaracteriza totalmente o trabalho investigativo, contrariando o objetivo doutrinario metodologico da investigação, imobilizando todo um contigente de investigadores da instituição, e com isso a sua desvalorização, causando uma burocratizaçao da atividade de Polícia Judiciária, com a investigação feita por ofício, com justificativa de atuação na persecusão penal, isso em pleno século XXl, terceiro milênio, quando deveria produzir muito mais no campo do cohecimeto sobre criminalidade e violêcia e na prevenção desses fenômenos através da atividade investigativa, trazendo materiais fundamentais e reais para implementaçao de políticas públicas de segurança. Temos ainda um hiato de participação nesse processo das Assembleias Legislativas e do Judiciário, e do própio Executivo nos debates para busca de soluções ou encaminhamento governamental de ações propositivas que não sejam apenas a política de matabilidade nos territórios onde se nega a existencia política dessas pessoas.
MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA.
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