ARTICULISTAS "GUERRILHA URBANA"
COMO SE CONSTROI UMA INSEGURANÇA PÚBLICA!
Dentro de uma lógica social, como poderíamos analisar a atual política de Segurança Pública no Brasil e precisamente na Bahia?
09/10/2023 16h59
Por: Carlos Nascimento Fonte: Por: Marcos Antonio de Souza

Será que teríamos uma explicação plausível para as convulsões sociais que acompanhamos diariamente. Feminicídios, casos de intolerâncias de toda ordem, banalização da morte, de forma indiscriminada, violação e depredação de patrimônios, incêndios de transportes públicos, variadas formas de furtos e roubos, como; fiações das redes elétricas, internet e telefonia, baterias de automóveis, condensadores de ar-condicionado automotivos e residenciais, hidrômetros, relógios de medição elétrica, carteiras, relógios de pulso, alianças, celulares. Sem esquecer os inúmeros roubos de veículos diversos que são subtraídos de forma violenta e humilhante para as vítimas. Isso nos parece um absurdo aos olhos dos oprimidos e amedrontados cidadãos, mas como diria nossos mais velhos, isso é apenas um cafezinho, haja vista a proliferação do tráfico e suas conseqüências, quando vemos, e convivemos com comunidades totalmente reféns de facções criminosas, onde o Bang-Bang tornou-se uma constante durante as madrugadas, com exibição de armamento de todos os tamanhos, em um processo ostensivo de intimidação e terror permanente, que coloca a comunidade em um estado de impotência e medo, tornando-se reféns, fazendo com que sejam associados de forma errônea de conivência coletiva com essas organizações, o que não procede.

Partindo desse panorama, se vê uma falta de políticas públicas para segurança, onde o trabalho é voltado apenas para o enfrentamento midiático, em um trabalho de guerrilha urbana, aliado a falta de políticas sociais, de saúde, lazer, habitacional, saneamento, entre outras, associado a desqualificaçao da investigação policial com perda da qualidade e efetividade, inviabilizado por uma imposição de fardamento para a polícia investigativa, o que descaracteriza totalmente o trabalho investigativo, contrariando o objetivo  doutrinario metodologico da investigação, imobilizando todo um contigente de investigadores da instituição, e com isso a sua desvalorização, causando uma burocratizaçao da atividade de Polícia Judiciária, com a investigação feita por ofício, com justificativa de atuação na persecusão penal, isso em pleno século XXl, terceiro milênio, quando deveria produzir muito mais no campo do cohecimeto sobre criminalidade e violêcia e na prevenção desses fenômenos através da atividade investigativa, trazendo materiais fundamentais e reais para implementaçao de políticas públicas de segurança. Temos ainda um hiato de participação nesse processo das Assembleias Legislativas e do Judiciário, e do própio Executivo nos debates para busca de soluções ou encaminhamento governamental de ações propositivas que não sejam apenas a política de matabilidade nos territórios onde se nega a existencia política dessas pessoas.  

MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA.

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