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NA NOSSA GUERRA INTERNA O GOVERNO NÃO METE A COLHER

Aqui também temos brasileiros em áreas deflagradas precisando de socorro, e devem ser resgatadas com urgência.

Carlos Nascimento
Por: Carlos Nascimento Fonte: Por: Marcos Antonio de Souza
16/10/2023 às 22h23 Atualizada em 18/10/2023 às 14h29
NA NOSSA GUERRA INTERNA O GOVERNO NÃO METE A COLHER

 

Estamos vivendo um momento que as guerras surgem de forma repentina, mesmo sabendo que suas causas são históricas e permanecendo hibernadas por prolongados períodos, até serem reavivadas, assim como um vulcão adormecido, mas, isso não exclui nossa sensação de horror e insegurança, tentando imaginar o estado que se encontram as pessoas dessas regiões. 

Ao vermos os relatos, através das reportagens exibidas pela mídia, de pessoas que estiveram ou estão nos locais dos conflitos, são apelos carregados de medo e aflição, ao  relatarem a inexistência de lugar para onde se dirigir, abrigar, nem mesmo as igrejas, escolas, residências ou hospitais, são lugares seguros, provocada pela insanidade primitiva, promovida por ambos os lados, onde apenas a morte é o instrumento de comunicação existente, sendo as maiores vítimas a população inocente, composta em sua maioria por mulheres, crianças e idosos, que são atingidos por armamento bélico ou torturados, individualmente ou coletivamente, ocorrendo com famílias inteiras.  

Nesse mesmo diapasão, nossos pensamentos nos remetem de volta ao nosso país, principalmente quando ouvimos os repatriados declararem a alegria de estarem de volta ao território brasileiro, alimentados pela certeza da segurança em relação a bombardeios e tiros. Isso nos remete para a situação de insegurança daqueles que vivem nas comunidades periféricas das grandes capitais, onde essa situação é uma constante, nos confrontos entre forças do Estado e facções criminosas, o qual o cenário se apresenta da mesma forma no modo de agir das forças públicas, com a reprodução das táticas aplicadas em áreas de guerras, como vemos, sem levar em consideração as pessoas que ali convivem, imperando a matança indiscriminada de moradores, muitas vezes contabilizados como membros das facções. Sendo assim podemos mensurar como se sentem essas comunidades, quando ocorrem as invasões desenfreadas das regiões habitadas por moradores em comunidades periféricas que, são obrigadas a conviver com a violência, e seguir regras impostas por esses grupos, e as regras do Estado são anuladas.

A partir dessa observação e das declarações expostas, pode-se considerar a realização de uma escuta dos apelos vindos dessas comunidades, em que as pessoas se encontram entre o fogo cruzado, em um embate de forças antagônicas, em que a comunidade é usada como escudos, sofrendo as consequências, sem ter para quem recorrer ou ser acolhido.  

Aqui também sem vias de dúvida, temos nossos cenários de guerra, realizando uma sobreposição de cenário, pode-se imaginar e comparar as duas situações, guardando as devidas proporcionalidades, mas, em relação as vidas humanas perdidas entre o fogo cruzado o comparativo é a mesmo, pessoas indefesas pedindo socorro. Portanto, aqui também temos brasileiros em áreas deflagradas precisando de socorro, e devem ser resgatadas com urgência.  

  • MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA.
  • Mestre em Segurança Pública, Justiça e Cidadania UFBA
    Formado em Licenciatura Plena em Educação Física - UCSAL
    Investigador de Polícia - PCBA

  • ESPECIALIZAÇÕES:
  • Metodologia do Ensino Superior - FESP/UPE
  • Especialização em Prevenção da Violência, Promoção da Segurança e da Cidadania – UFBA
  • Especialização em Planejamento Estratégico – ADESG
  • Especialização em Inteligência Estratégica – ADESG
  • Gestão da Investigação Policial, do Programa de Desenvolvimento Permanente para Gestores da Polícia Civil e da Polícia Técnica – Fundação Luís Eduardo Magalhães/Academia de Polícia Civil.

Contato: souzama35@gmail.com

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MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA
MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA
MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA - Licenciatura Plena em Educação Física/UCSAL, Investigador de Polícia Civil/BA, Pós Graduado em Metodologia do Ensino Superior - FESP/UPE, Mestre em Segurança Pública Justiça e Cidadania/UFBA.

Especializações: Prevenção da Violência, Promoção da Segurança e da Cidadania - UFBA, Planejamento Estratégico - ADESG, Especialização em Inteligência Estratégica - ADESG, Gestão da Investigação Policial, do Programa de Desenvolvimento Permanente para Gestores da PCBA e DPT.
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