O Delegado de Polícia Civil João Cavadas, Coordenador do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos da Polícia Civil da Bahia afirmou que os roubos a ônibus passaram a acontecer mais durante o turno matutino durante a pandemia.
"A criminalidade não deixa de atuar por causa da pandemia. O que acontece é uma migração de horário e forma de cometimento. Nós observamos que o maior horário de cometimento desses delitos antes da pandemia era no turno da noite e agora passou a ser no turno da manhã - quando há mais ônibus circulando”, disse.
A declaração foi dada ao "Programa das Sete em Ponto", exibido pela Rádio Metrópole e comandado pelo Presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB). Contudo, ele pondera que só será possível realizar uma comparação fidedigna neste sentido quando “todas as condições e variáveis” forem avaliadas, e que não pode ser feito uma correlação com a pandemia ainda.
Ele ratificou a redução de 40% nos assaltos a ônibus durante a pandemia, e disse que recentemente uma reunião foi realizada para disciplinar novas diretrizes de segurança nos ônibus. Questionado sobre a possibilidade de um botão de pânico ser adotado como estratégia para controlar os crimes em coletivos, ele disse que existe uma resistência por parte dos rodoviários - que temem ficarem mais expostos.
O Delegado avalia que o receio é "compreensível". Cavadas diz que vem sendo desenvolvido um estudo para melhor compreender o perfil daqueles que cometem roubos e furtos em coletivos. Ele afirma que muitos usuários de drogas praticam este tipo de crime e que não foi identificado nenhuma organização criminosa que dê ênfase a pratica.
Na avaliação de Cavadas, com a redução de dinheiro vivo nas mãos dos cobradores de ônibus, os assaltantes passaram a focar no celular dos passageiros. Ele reiterou a orientação de que a população não deve reagir, e destacou a importância de registrar o boletim de ocorrência a respeito do crime.
Fonte: Rádio Metrópole