Responsável pela organização, gestão e preservação de documentos, o arquivista tem papel fundamental para garantir a eficácia das atividades de uma instituição, seja ela pública ou privada. No Dia do Arquivista (20 de outubro), celebrado nesta sexta-feira, o profissional é lembrado pelo seu importante papel na preservação da memória histórica, organizando e mantendo registros e documentos essenciais para a sociedade.
No Arquivo Público Municipal de Feira de Santana a função é desempenhada pela chefe da Divisão de Acervo Documental, Gleide Maria Bastos Figueredo, funcionária mais antiga a frente do órgão - há cerca de 10 anos.
“Desempenhar essa função é manter viva a história e preservar a memória, algo que nos dá orgulho”, enfatiza.
O trabalho de catalogação dos documentos é feito da maneira mais tradicional, ordenando de forma bibliográfica e armazenando em pastas catálogo.
Dentre os documentos que marcaram a história de Feira de Santana, Gleide destaca livros de registros de escravos, documentos de compra e vendas de casas e terrenos, plantas arquitetônicas, folhas de pagamento, além de fichas funcionais com mais de 12 mil servidores ativos e inativos - desde sua ficha cadastral até a aposentadoria - e inúmeras fotos antigas de prédios imponentes e históricos.
Uma das relíquias guardadas ali, apontadas por Gleide, é o documento assinado pelo intendente (cargo equivalente a prefeito) da época, Agostinho Fróes da Motta inaugurando a obra do prédio onde se encontra hoje instalado o órgão – em sua origem, a construção sediou a primeira escola municipal João Florêncio. Uma placa à entrada informa que o imóvel foi inaugurado em 1917.
O Arquivo Público Municipal é vinculado à Secretaria Municipal de Administração e funciona na avenida Senhor dos Passos, 1.101, Centro. O local é aberto a visitas de segunda a sexta das 8h30 às 12h e das 14h às 17h30.Se tratando de pesquisa em grupo, com 15 ou mais pessoas, deverá ser feito um agendamento por telefone (3603-7770) ou e-mail arquivopublico@pmfs.ba.gov.br.
A estudante Laila de Sá, de 24 anos, está fazendo pós-graduação em Desenho, Cultura e Interatividade na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e buscou o órgão para pesquisar sobre Código de Postura de Feira de Santana de 1937.
“Tenho curiosidade de saber como era a questão da exigência nas residências. Sou arquiteta e para mim é muito interessante essa preservação da memória de Feira de Santana, especialmente da arquitetura como alguns patrimônios históricos a exemplo deste prédio, o Mercado de Arte, a Igreja da Matriz, entre outros”, observa a estudante.