O impeachment do ex-governador do Rio, à unanimidade, era esperado diante das incontestáveis irregularidades praticadas durante o curto período em que desserviu o Rio de Janeiro. Desequilibrado, seria outro que deveria ter se submetido a exame de sanidade mental. Ressalte-se que o modus operandi posto em prática por Witzel tem tudo a ver com as constantes aberrações do ainda presidente, amplamente divulgadas na imprensa local e estrangeira, consagrado pelo mundo afora pela má gestão diante da pandemia que já vitimou mais de 400 mil brasileiros.
Que a recente CPI instalada para apurar tais desmandos siga os mesmos princípios e dê ao nosso País a tranquilidade necessária para que possamos tocar a vida dentro dos limites da razoabilidade. O que considero uma temeridade são as penas brandas aplicadas a políticos comprovadamente corruptos.
Tornar Witzel inelegível por cinco anos passa a se constituir um prêmio. O correto seria a imediata condenação, reclusão por longo período, uma vez que retornam à vida pública para praticar novos crimes. O Brasil está cansado e desmoralizado de tantas CPIs que terminam em pizza. Que a atual seja exceção.
Como seria bom ver os companheiros inseparáveis da campanha de 2018, eleitos pelas fake news, hoje inimigos, caminhando para o ostracismo de mãos dadas.
Fora Bolsonaro, já.
Jorge Braga Barretto
Contato: jbbarretto@gmail.com
(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 02/05/2021.