Na quinta-feira, conversando com os pais dos colegas de meu filho na Escolinha de Futebol, falei a eles: o Bahia não perde pro Corinthians! Eu conheço meu time.
A certeza desse triunfo veio desde o empate contra o Athletico, quando voltando pirado da Fonte, encontrei meu amigo Yuri Silva e falei: a sorte é que Everaldo não vai jogar lá.
O Bahia não pode viver em função de um centroavante que oscila tanto de um jogo pro outro. Era imprescindível uma mudança no ataque. Não se pode aceitar um time jogar 6 partidas e fazer 2 gols, sendo um de pênalti. E ela veio, por um cartão amarelo. Claro que sei que Rogério prefere contar com um fixo lá na frente. Mas depois de hoje… oremos.
Aliás, “oremos” foi o que escrevi quando vi o time com 4 volantes na escalação. E quando vi a formatação do time no instagram, com Thaciano de centroavante, Yago e Biel fazendo os extremos, confesso, tremi. Era muita mudança na minha cabeça, imagina pra esses caras.
Mas com tanto volante, deu a lógica. Gol de volante. Aos 4 minutos, cruzamento de Juba no escanteio na cabeça de Rezende. 0x1.
O Corinthians tinha a posse de bola, mas o Bahia se fechava bem com um 5-4-1 clássico. Em mais uma jogada pela esquerda, Luciano Juba, de novo ele, encontra Cauly, que toca pra Thaciano e recebe de volta, tira dois corintianos pra dançar e manda um foguete na cara de Cássio. Um golaço com a marca do craque da camisa 8. 0x2.
Thaciano faz gol, mas estava na banheira. Sempre ele; Dessa vez Thaciano desce pela direita e cruza pra Biel. O 10 arma o chute e sofre o pênalti. O juiz não vê, pra variar, mas o VAR chama ele pra corrigir. Era o segundo pênalti marcado pro Bahia em 35 jogos do Brasileirão. O narrador fala dos números de pênaltis defendidos pelo goleiro dos caras, mas ele não sai nem na foto. Mais um gol de volante, agora pra mostrar que seria goleada. 0x3.
Thaciano ainda tenta mais uma enfiada perfeita pra Biel, mas ele chuta nas mãos do goleiro.
O Bahia recua um pouco, abaixa as linhas no fim do primeiro tempo, o Corinthians ainda consegue fazer Marcos Felipe trabalhar, numa entregada besta de Juba.
INTERVALO
Na volta do intervalo, confesso que estava igual a meu amigo Iran Santos: não estava feliz, eu estava tenso. E o jogo recomeça como esperado. Os caras pressionando e a gente se defendendo bem. Até que Gilberto dá uma braga de baba. Um passe ridículo pro meio, a bola ainda é rebatida, mas sobra pra Renato Augusto botar no ângulo. 1×3.
Aí começaram a passar os pesadelos passados pela cabeça, mas me mantive calmo, sereno e sem sair do sofá nem pra ir no banheiro, porque time que tá ganhando não se muda.
Eis que Ceni acerta de novo, pra queimar minha língua de vez. Acevedo recebe um presente de Rojas, liga rápido com Ademir que tinha acabado de entrar. Ele tabela com Cauly que dá um passe açucarado pro fumacinha fazer o dele. 1×4.
Com 30 minutos já tinha fiel (ou nem tanto assim) indo embora do estádio e já se ouviam os gritos de BAÊA! BAÊA! BAÊA! Nem deu tempo deles verem Cauly, de novo, servindo Ademir para ele invadir a área e Gil cometer o segundo pênalti dele no jogo, e o terceiro do Tricolor no Brasileirão.
O volante Thaciano fechou o placar, de novo pra cima da torcida dos narradores sudestinos. Com requintes de crueldade, 1×5. O Super-Homem voou alto na terra do gavião.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
O Bahia deu um passo gigantesco para escapar de um rebaixamento que seria desastroso nesse Ano Zero, de Grupo City. Não só porque venceu, mas porque colocou um monte de time na briga. E isso vai até o 11º colocado, o Fortaleza. Pra cima do São Paulo.
E como bem disse Dona Célia: ALÁFIA!
Erick Cerqueira - Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor!
Twitter: https://twitter.com/ericksc_
Bahia broca Gavião e puxa mais 4 pra briga