Todos concordam que um dos meios para vivenciar um mundo mais justo é a igualdade entre os seres humanos.
Desta forma, pergunto: Por que a liberdade feminina, em todos os seus aspectos, incomoda tanto a uma grande parte conservadora da sociedade? – e não só os homens se encaixam nessa categoria: mulheres igualmente.
E não só a questão é sobre a liberdade feminina, mas o feminismo em sua totalidade
Joana Angélica, Maria Felipa, Maria Quitéria, Mãe Bernadete, Marielle Franco, o que estas mulheres têm em comum? Todas são mulheres de sucesso e que tomaram para si uma responsabilidade de mudar a visão de que as mulheres seriam o “sexo frágil”. Mostraram ao mundo que não importa o gênero, mas sim as ideias de poder mudar a sociedade em que vivem ou viveram de maneira igualitária para todas.
Contudo, nenhuma mulher precisa ser a mulher maravilha da ficção, aquela mulher guerreira que salva o mundo todo com sua força e com seu laço mágico, ou ter que assumir um cargo superior na sociedade para mostrar que tem poder. Não precisamos ir tão longe ou pesquisar tão a fundo na história para observarmos a força de uma mulher. Basta olharmos para o lado, para nossas mães, amigas, vizinhas, colegas de trabalho para ter uma ligeira ideia desse poder.
Na forma materialista, digo: “Existo, logo penso”, parafraseando René Descarte. Sou mulher, sou mulher maravilha. São lutas lendárias e seculares. Lutamos com o serviço o doméstico, lutamos com maridos violentos, lutamos com a ditadura da beleza, lutamos pela educação dos filhos, lutamos nas disputas preconceituosas em todas relações públicas, sobretudo nos ambientes profissionais e políticos, lutamos diariamente contra a cultura machista e misógina presente em todas relações sociais entre homens e mulheres.
As mulheres maravilhas de hoje não são mais rainhas do lar, somos sensuais e ao mesmo tempo intelectualizadas e estamos prontas para mostrar que existe uma pseudemocracia na sua cidade, no Estado, na União, uma vez que os homens precisam das mulheres implementar a verdadeira democracia plena.
Vai recado importante desta mulher maravilha, hoje não é a pessoa mais forte que domina o mundo é a mais inteligente, a mais culta, a mais criativa, a mais inovadora. Portanto, tanto um homem como uma mulher podem ser inteligentes, inovadores, criativos. Nós evoluímos.
Mas há ideias de gênero que ainda deixam a desejar!
Lisdeili Nobre é:
Doutoranda em Políticas Sociais e Cidadania, Delegada de Polícia Civil, Docente do Curso de Direito na Rede UNEX, Cronista de diversos Blogs, Abolicionista Penal, Feminista e Ativista social, Membro da Academia Grapiúna de Artes de Letras, ocupando a cadeira n.º 07 e apresentadora do Política sem Mistério transmitido pela TV i.