A delegada titular de Ituberá, no baixo sul da Bahia, Patrícia Crisóstomo, fez um desabafo depois que a delegacia da cidade foi invadida, na madrugada de sábado (2). Duas armas e munições da Polícia Civil (PC) da Bahia foram levadas.
Visivelmente chateada, a gestora iniciou um vídeo gravado por ela afirmando que deveria estar de férias, mas seguia no município e acabou indo até a unidade policial. Foi ela quem descobriu a invasão.
A delegada conta ainda que teria acionado ajuda, mas não teve retorno e seguia sozinha na delegacia na madrugada deste domingo (3) para evitar que uma nova invasão acontecesse. Ela teme que os criminosos tenham acesso à sala do cartório da unidade.
"Não era para eu estar aqui. Por um acaso eu vim, senão seria pior".
Ainda conforme detalhou Crisóstomo essa seria a terceira invasão da delegacia. A delegada relatou problemas estruturais e falta de viaturas e efetivos para atuar no dia a dia.
Segundo o relato, além da delegada, apenas outras três pessoas trabalham no local, em horário administrativo. Foi exatamente fora desse período que a invasão aconteceu.
"A unidade de Ituberá está extremamente vulnerável e é uma situação complicada porque levaram as armas da Polícia Civil. Infelizmente é essa a realidade que a gente tem aqui no interior. Essa falta de amparo e recurso para fazer frente a toda essa ousadia da criminalidade".
Os criminosos tiveram acesso ao interior da unidade policial pelo telhado. Eles quebraram o forro de PVC e pularam na sala onde as armas estavam. Documentos também foram revirados no local.
"Acessaram pela área externa da área de serviço e conseguiram entrar pelo forro. Eles não arrombaram portas. Eles entraram pelo telhado. Tentaram entrar no cartório. Eu tenho certeza que se eu não viesse aqui hoje, com certeza eles retornariam e entrariam na sala do cartório", detalhou a delegada.
Em nota, a Polícia Civil informou que a 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Valença), que é responsável pela delegacia territorial, instaurou um inquérito para apurar o arrombamento. As equipes da 5ª Coorpin com apoio operacional da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati/Depin) fazem buscas para identificar e localizar os autores.
Complementando a nota disse também que a nova Delegacia de Ituberá está em fase de construção. "A estrutura obedece o novo padrão de segurança, conforto e eficiência das mais de 50 unidades inauguradas em diversas cidades da Bahia".
Assista abaixo vídeo da delegada:
"CIRCUNSCRIÇÃO TERRITORIAL"
Posicionamento em relação ao reclames e desespero da Delegada de Polícia no Município do interior do Estado, pela invasão de ladrões a unidade policial.
Me desculpem, se toda gravidade desse fato aí, fosse apenas uma nomenclatura, não haveria esse desespero da delegada policial civil, precisar está pedindo socorro, ao tempo declara-se decepcionada com seus superiores, a Polícia Militar e até dá Prefeitura, que não deram apoio.
Pelo que ouvi e vi, ainda o governo e as instituições de polícia judiciária investigação (PC), e administrativa (PM), são responsáveis por tudo isso, senão fosse a maior causa dessa desmoralização pública e incompetência, simplesmente as vaidades dos dirigentes das duas instituições policiais.
Uma desarticulada e incapaz para desenvolver suas atividades de investigação criminal e a outra administrativa (PM), que insiste em não cumprir o dever de suas funções constitucionais de policiamento preventivo ostensivamente, exatamente para evitar o delito, declinando a reprimir, este, contrariando a lógica natural que deixando esse vácuo, naturalmente os criminosos praticam a qualquer hora e onde bem entender assaltos, arrombamentos, descuidos e furtos e roubos, sejam de motos, bicicletas, carros e até mesmo a pé.
Ora, fico me perguntando, pois essas duas instituições deveriam exercer suas funções constitucionais juntas, numa mesma unidade física, tendo Plantão composto com policiais militares e a parte judiciária, digo, Setor de Investigação da Polícia, responsável pela repressão e aos crimes. Será que se as duas polícias - Civil e Militar -, deixarem as vaidades, de lado e fossem juntas fazerem o dever de casa, cada uma nas suas funções constitucionais, desde que respeitando e as Leis, confesso em afirmar que estaríamos em melhores condições de avaliações dos serviços.
Por essa razão que defendo a adequação da Polícia Civil, as estruturas do poder judiciária e MPE, ter o mesmo número de uma ordem de unidades através de Comarcas policiais civis.
CIRCUNSCRICIONAIS DA POLÍCIA JUDICIÁRIA ESTADUAL ONDE EXISTIR COMARCAS DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA.
Uma Comarca para o Poder Judiciário o termo utilizado que se destina a divisão de uma região onde existem, Comarcas ou seja: onde as divisões territoriais são de responsabilidade de um ou mais juízes de direito.
Esta divisão é baseada na área territorial onde um juiz de primeiro grau irá exercer sua jurisdição e pode abranger um ou mais municípios. Isto depende do número de habitantes e de eleitores existentes naquela área, além de outros aspectos, como o tipo de movimentação forense existente na região.
No caso da Polícia Judiciária, leia-se Polícia civil, o termo a ser utilizado ao meu ver seria "Circunscrição Territorial", o termo utilizado.
Assim a Polícia Judiciária criaria em cada Município que se tenha sediado, instalado uma estrutura física de Fórum do TJBA existente e funcionando, teria uma Circunscrição da Policia Civil, também funcionando, que só poderá ser dirigida por um Delegado Policial, Classe Especial ou da 1ª Classe, assim seguiria os Diretores e as Coordenadorias dos demais cargos policiais da carreira policial civil - Forense, Investigação, Cartório etc..
Crispiniano Daltro