Que a segurança pública na Bahia há tempos tem sido alvo de reclamações e críticas tanto do povo quanto dos políticos de oposição, não é nenhuma novidade. Já não surpreende. Diariamente vê-se a criminalidade tomando conta das pequenas e grandes cidades, o tráfico de drogas e os homicídios fazem parte do cotidiano dos baianos e as respostas das autoridades políticas e da segurança pública são sempre as mesmas: que estão investindo na segurança e no combate ao tráfico de drogas. Enquanto isso o número de homicídios só aumenta, principalmente entre os jovens negros da periferia.
Na última semana a "GOTA D'ÁGUA" transbordou e mostrou que o "buraco" da segurança pública é bem mais profundo. Uma delegacia no município de Ituberá, interior da Bahia, região da Costa do Dendê próximo a cidade de Valença, área frequentada por turistas de várias partes do mundo, foi arrombada. Na oportunidade, a delegada Patrícia Pinheiro Crisóstomo, mulher negra, usou as redes sociais para demonstrar sua insatisfação e a insegurança naquela unidade de segurança pública, que já havia sido arrombada pela terceira vez.
Que a segurança pública na Bahia há tempos tem sido alvo de reclamações e críticas tanto do povo quanto dos políticos de oposição, não é nenhuma novidade. Já não surpreende. Diariamente vê-se a criminalidade tomando conta das pequenas e grandes cidades, o tráfico de drogas e os homicídios fazem parte do cotidiano dos baianos e as respostas das autoridades políticas e da segurança pública são sempre as mesmas: que estão investindo na segurança e no combate ao tráfico de drogas. Enquanto isso o número de homicídios só aumenta, principalmente entre os jovens negros da periferia.
Na última semana a "gota d'água" transbordou e mostrou que o "buraco" da segurança pública é bem mais profundo. Uma delegacia no município de Ituberá, interior da Bahia, região da Costa do Dendê próximo a cidade de Valença, área frequentada por turistas de várias partes do mundo, foi arrombada. Na oportunidade, a delegada Patrícia Pinheiro Crisóstomo, mulher negra, usou as redes sociais para demonstrar sua insatisfação e a insegurança naquela unidade de segurança pública, que já havia sido arrombada pela terceira vez.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT), juntamente com a alta cúpula da segurança pública ao invés de resolver o problema, tomaram uma medida considerada esdrúxula: exonerou a profissional delegada. Diante disso, resta questionar, é assim que querem combater a criminalidade na Bahia? A punição de profissionais, ao invés de ofertar condições dignas de trabalho, resolve os problemas da segurança na Bahia? Cadê o governo que diz "governar para os menos favorecidos, para negros, mulheres etc?
Esse mesmo governo, que "se diz democrático", por que punir de forma ditatorial alguém que, no exercício da profissão, faz crítica contundente e baseado em fatos. Cadê os movimentos negros e de mulheres, os quais somos defensor, que não saíram em defesa dessa profissional da segurança pública? Cadê a Associação de Delegados de Polícia Civil da Bahia que não emitiram uma simples nota em favor da profissional?
Senhor governador, Jerônimo Rodrigues, senhor secretário de Segurança Pública do Estado, Marcelo Werner, não temos qualquer pretensão de ensinar aos senhores o que fazer para melhorar a segurança pública neste Estado. Não somos conhecedor do assunto. Porém, se permitem um simples conselho, digo-lhes que seria bom que vossas excelências observassem melhor as vossas posturas no quesito segurança pública.
Que os senhores não punam qualquer profissional de qualquer área de responsabilidade do Estado da Bahia simplesmente porque esse(a) profissional falou a verdade e cobrou providência dos senhores. Pois atitudes assim só leva a sociedade bahiana e brasileira a pensar que voltou a viver os anos da Ditadura, os anos de chumbo vividos outrora no Brasil.
Fonte: conectadonews.com.br
(*) CONFIRA VÍDEO: Delegada de Polícia desabafa após delegacia ser invadida em Ituberá: 'Ousadia'
(*) Delegada que gravou vídeo após furto de armas na delegacia de Ituberá é dispensada da titularidade.