Desde 1994, quando inauguramos a primeira Sede de Praia/SINDPOC na orla marítima da Cidade do Salvador, os policiais civis se habituaram a levar familiares, convidados e colaboradores, quando resolvemos lançar às inesquecíveis festas de réveillon a partir do ano de 1995, mostravam a pujança de uma categoria sempre disposta a rever colegas e companheiros de trabalho, em memoráveis confraternizações.
Nunca esqueceremos das palavras do saudoso colega veterano Comissário de Polícia, o mestre Deusdete, ao dizer:
"Sinto-me honrado e muito contente em rever meus colegas, companheiros de trabalho, que há muito tempo não os via, para um abraço, raramente o bom dia era pelo Rádio VHF ou infelizmente nos sepultamentos..."
A passagem do Ano Novo na Sede de Praia/Sindpoc tornou-se a nossa resenha, do reflexo da alegria que se perpetuou com o passar dos anos, deixando belas e inesquecíveis lembranças.
As homenagens eram coletivas, com especial destaque para nossos ícones, ainda ativos e aposentados, mostrando aos familiares presentes o quanto eles(as) significavam para a categoria. Grandes "Tiras", com sua inestimável importância em nos orientar durante investigações, diligências e campanas, uma labuta diária que só foi levada a bom termo graças à união dos abnegados policiais civis.
Quando se aproximava o RÉVEILLON do SINDPOC, por sua função social, a Sede de Praia virava referência para outras entidades sindicais de servidores públicos, que seguiram a nossa proposta em ter seus clubes sociais, tais como APLB/Sindicato, Sinpojud e muitos outros.
Infelizmente, fruto da inveja, do ciúme, da vaidade e da incompetência de alguns, nossa Sede de Praia, que nos deu tantas alegrias no passado, tornou-se um incômodo, deixou de existir para tristeza dos policiais e família. A política retrógrada do então Delegado - Chefe e alguns de seus pares diretores, apostaram no quanto pior melhor, para maior controle deles que teriam sob a base da categoria policial.
O fato é que jamais houve interesse por parte da cúpula da Polícia Civil, em investir o ser humano policial, tanto é verdade, que o Secretário de Segurança Pública da época, General Edson Sá Rocha, em visita a Sede, acompanhado de todo seu staf, da Polícia Civil, se disse impressionando com o que estava vendo, do nosso empenho, da reforma que estávamos investindo para a realização da festa do Réveillon, nos garantindo, abertamente, em voz alta e clara, sem receio de ser ouvido, que iria falar com o governador do Estado para juntos em Brasília tentar com governo federal como poderia ter a desapropriação daquela área e fazer a doação aos Policiais Civis da Bahia, o que não chegou a ocorrer, infelizmente, acreditamos por interferência de políticos contrário.
O resto dessa história, graças às redes sociais, todos podem tomar conhecimento. O fato é que a entidade foi invadida em 2008, e de lá para cá os policiais civis ficaram a ver navios.
Crispiniano Daltro/IPC. Ex-presidente do SINDPOC
RÉVEILLON DO POLICIAL CIVIL (2006) Recordações