O Secretário-Executivo do Ministério de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, disse na 2ª feira (25.dez.2023) que a prisão de milicianos como Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, é importante para o combate ao crime organizado, mas não resolve a situação da segurança pública do país.
Cappelli afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que a crise de segurança no Estado do Rio de Janeiro precisa ser enfrentada “a partir de ações estruturantes”. Para o secretário, uma organização criminosa não adquire poder sem conexões e será a partir delas que se resolverá essa questão.
Zinho foi preso depois de se entregar à PF (Polícia Federal) no domingo (24.dez.2023). A defesa do miliciano iniciou as negociações depois que a polícia deflagrou uma operação de busca e apreensão com ênfase na deputada estadual Lucinha (PSD-RJ). A investigação, iniciada em 18 de dezembro, apontou conexões entre os 2.
“A PF foi se aproximando até ficar claro que Zinho optou por não correr o risco de ter o mesmo destino de seu sobrinho e irmão. Ele sabia que a vida dele corria perigo. Até por medo de ser assassinado pelos próprios comparsas”, declarou o Secretário na entrevista.
A expectativa é que Zinho contribua com as investigações e permita que a PF faça mais conexões.
Além do envio das Forças Nacionais ao Estado do Rio de Janeiro, Cappelli disse que as Forças Armadas e a Polícia Rodoviária Federal estão trabalhando em portos e aeroportos para fechar o cerco por onde circulam armas e drogas. Ele declarou também que dobrou a capacidade investigativa da PF no Estado.
Zinho tem 12 mandados de prisão, atuava na zona Oeste da capital e estava foragido desde 2018
Miliciano mais procurado do Rio se entrega à Polícia Federal
A PF (Polícia Federal) prendeu na tarde de domingo (24.dez.2023) o miliciano mais procurado do Estado do Rio de Janeiro, segundo a corporação. Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, se entregou à polícia na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro.
Zinho tem 12 mandados de prisão, atuava na zona Oeste da capital e estava foragido desde 2018. A prisão se deu depois de negociações entre “os patronos” do miliciano com a PF e a Secretaria de Segurança do Estado. O preso foi conduzido ao IML (Instituto Médico Legal) e, depois, encaminhado ao sistema prisional.
Em nota, o governador do Rio, Cláudio de Castro (PL-RJ), afirmou que a prisão é uma vitória das polícias, do plano de segurança e da sociedade. “A desarticulação desses grupos criminosos com prisões, apreensões e bloqueio financeiro e a detenção desse mafioso provam que estamos no caminho certo”.
O Secretário-Executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, também deu parabéns ao trabalho dos policiais federais em publicação em seu perfil no X (ex-Twitter). “Parabéns à Polícia Federal! É trabalho, trabalho e trabalho”, postou.
Afastamento da Deputada Lucinha foi sinal para Zinho se entregar e não ser morto: