Temos três federações: a do PT/PCdoB/PV é a mais comentada em decorrência do Partido dos Trabalhadores, abrigo partidário do presidente da República, o petista-mor Luiz Inácio Lula da Silva. A outra é a do PSOL e Rede, considerada a de viés mais esquerdista. A terceira é formada pelo PSDB e Cidadania, a que mais se identifica com o campo da direita.
Em curso, dando os primeiros passos, uma quarta federação : União Brasil/Republicanos/PP com as três principais legendas do centrão, movimento que se caracteriza por ser governo em qualquer governo. Dificilmente vai valer para as eleições de 2024. Para 2026, é bem provável que esteja a todo vapor.
O trio partidário UB/PP/Republicanos tem um total de 147 deputados federais e 21 senadores. Se o presidente Lula, em nome da governabilidade, vem fazendo de tudo para agradar essas siglas, fazendo cafuné nas suas lideranças, imagine elas juntas na base do "um por todos e todos por um".
A federação PT/PCdoB/PV, chamada de "Brasil da Esperança", foi criada para salvar os comunistas e verdes da temível cláusula de barreira. Estão vivos por causa dessa união partidária. Deixaram de respirar por aparelhos.
O PT, com seus 69 deputados federais, tem quase seis vezes mais do que o PCdoB e PV juntos, cada um com 6 parlamentares na Câmara dos Deputados. Na Câmara Alta, o PT tem 9 senadores. PCdoB e PV nenhum. A federação foi a tábua de salvação dos comunistas e verdes, cuja sobrevivência política estava na beira do abismo.
A federação PT/PCdoB/PV foi criada tendo como principal finalidade o lançamento de candidatura própria, principalmente nas disputas pelas prefeituras. Esse "acerto" termina se enfraquecendo quando os prefeituráveis não demonstram força e viabilidade eleitoral para enfrentar os adversários, principalmente do lulopetismo e, por tabela, dos que representam o bolsonarismo.
A federação UB/PP/Republicanos visa o fortalecimento dos três partidos diante do toma lá, dá cá. Vale lembrar que já tem seus ministérios no governo Lula 3. Mas querem mais. Muito mais. São insaciáveis.
Concluo dizendo que as pesquisas de intenções de voto terão um papel preponderante na decisão sobre quem terá o apoio do governador de plantão e dos partidos aliados na disputa pelas prefeituras.
(Coluna Wense, quarta-feira, 09 de janeiro de 2024).
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